Nos tempos da Marta Rocha!
Vez em quando o “FACE” me pergunta se eu não gostaria de
recordar casos “Idos e Vividos”, como dizia um dos meus maiores amigos, o
velhíssimo Machado de Assis. Gostaria sim, digo eu, pois, como dizia também minha
querida vovozinha naquelas tardes chuvosas, lá no meu tão querido Belém do Grão-Pará:
-- Recordar é Viver, meu “endiabrado” netinho...
Eu mesmo nunca tive a menor dúvida que a Capitu, do Machado,
chifrava, o Bentinho; e que o Escobar era um verdadeiro “Pé de lã”; um
verdadeiro sacana, filho da puta, enganador, pois até hoje ele consegue enganar
muitos leitores do Machado. A mim, “Escobares” nenhum me engana! Assim como “comunista”
nenhum me engana. Por mais filho da puta que seja! Quando pela vez primeira eu
fui me confessar; era vésperas da minha Primeira Comunhão; minha querida e
saudosa vovozinha, que já “desconfiava” muito de mim, foi logo me dizendo: -- Meu
filho, conte tudo pro padre; tudinho, tudinho, tudinho. Não minta. Se não você
vai pro inferno, fazer companhia pro “Lutero”. Naqueles meus velhos e infantis
tempos de criança, eu me cagava todo com medo do inferno; hoje, nem tanto. Mas
fiquei realmente preocupado quando ela me disse que a gente pecava por
pensamentos, palavras e obras. -- Tô fudido, pensava eu. Perguntei também, mui
medrosamente, se a gente pecava também por “sonhos”, pois quantas e quantas
vezes eu acordava todo melado, sonhando com a “Marta Rocha”, completamente nua,
lisinha-lisinha, me ensaboando no banheiro lá de casa. Fiz então uma espécie de
“Ror”, igual a ror de roupa, e fui me confessar. Contei tudo pro padre;
tudinho, tudinho, tudinho! “Credo”, me disse o padre, pois os pecados
confessados o deixaram muitíssimo impressionado, me passando não sei quantos
terços pra rezar... Nunca mais me
confessei...kkkkkk
Coronel Maciel.
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