sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

A DEUSA DA MINHA RUA.

 

A “Deusa” da minha Rua.

A minha casa ficava no prolongamento da Pista Principal do Aeroporto Internacional de Val-de-Cans, o “Maior do Mundo”! A Rua? Nada tinha de extraordinária: Rua de terra batida; de Postes de Ferro no meio. Era lá que jogávamos nossas peladas, feitas com bolas de meias furtadas das nossas irmãs; de onde pegávamos peão ne unha; de onde jogávamos “peteca”; de onde brincávamos todos os tipos de brincadeiras daqueles nossos tempos de crianças.  De tardezinha, chegavam os “enormes” aviões da época, vindos de todos os cantos do mundo, para pernoites em Belém, minha doce cidade morena. Passavam tão baixos; com seus trens e flaps baixados, quase roçando as linhas enceradas dos nossos “papagaios”. Eu ficava olhando e me dizendo: -- Um dia, eu ainda vou empinar um desses lindos papagaios de aço. Não deu outra: com 16 anos entrei na minha querida Escola Preparatória de Cadetes do Ar, em Barbacena, cidade das flores, de onde dei partida nos motores, “empinando” as mais lindas garças da minha querida Força Aérea Brasileira. -- “Começaria tudo outra vez, se possível fosse, meu amor” ...  

Coronel Maciel.  

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

MAIS UMA DO CAMARÃO

Por ter Comandado a Base Aérea de Belém, como Tenente-Coronel-Aviador, em 1954; e depois, como Brigadeiro, o 1 COMAR, em Belém, foi o que fez o “Camarão” tornar-se um autêntico “Amazônida”. Foi numa época em que ele e outros ”autênticos” criaram o famoso trinômio FAB-MISSIONÁRIO-ÍNDIOS. Daí o seu grande amor pela nossa querida região, tão grande, tão explorada e tão traída. Uma vez ele me chamou, e, sabendo que eu era Paraense, perguntou “baixinho” se eu “topava” pegar um T-6 e ir divulgar a Escola pela Amazônia, considerando o baixo número de alunos Paraenses e Amazonenses na Escola. Aceitei na hora! “Entupi” o T-6 com tudo sobre a Escola; e de como ingressar na nossa querida EPC do AR, aproveitando para informar que o Brigadeiro havia criado o “Teste de Inteligência”, uma maneira inteligente de compensar a falta de “Cursinhos Preparatórios” na Amazônia, tão comuns nos Estados do Sul. E que Português e Matemática eles iriam realmente aprender na Escola, além de muitas outras “coisinhas”, como Física, Química, e como era a nossa vida militar. O Camarão me deu “Carta Branca”, uma espécie de “Mensagem à Garcia” e que eu podia demorar o tempo que “quisesse”. Fui à São Luís, Belém, Santarém. Manaus, Rio Branco, Porto Velho.  Em cada cidade dava os mais audaciosos rasantes, avisando da minha chegada! Encurtando a história: No resultado do concurso daquele ano, o Camarão me chamou dizendo: -- Muito obrigado, “Fura-Bolo”; nunca tantos “cabocos da nossa terra” entraram na Escola!!!! kkkkkkkk

Coronel Maciel

domingo, 16 de janeiro de 2022

Brigadeiro Camatão

 

O meu amigo, Brigadeiro Camarão.

Como já lhes disse, esse meu ser “metafórico” sempre foi cheio das piores arestas. Não sei como cheguei a Coronel, e, ainda por cima, “Aviador”, sendo desse jeito. Depois de muitos “mal-entendidos” na minha vida de Tenente, fui parar em Barbacena, “de castigo”, servir na minha querida Escola Preparatória de Cadetes de Cadetes do Ar. Os outros Oficiais Aviadores, todos muito mais antigos que eu, não entendiam como eu havia trocado a Aviação Embarcada, uma verdadeira “elite”, vindo parar em BQ! Foi quando eu conheci o “Camarão”, um verdadeiro Brigadeiro, na minha duvidosa opinião. O Camarão passava noites inteiras, sozinho no seu Gabinete, trabalhando sem parar; mas foi quando ele descobriu que eu era “Paraense”, e Paraense da gema, que ficamos, digamos, “amigos”. Já contei a vocês as “missões impossíveis” que ele me “pedia”, quando eu só fazia lhe perguntava:-- Mensagem à Garcia, Brigadeiro? E ele, sorrindo, sempre concordava. Um dia, eu ainda era solteiro e morava no “Hotel Aliança”, quando um “Soldadinho” veio correndo me chamar; eram duas da madrugada. Me apresentei, e o Brigadeiro:-- “Fura-Bolo”, era assim que ele carinhosamente me chamava; pegue o T-6, e vá ao Galeão entregar esses documentos “nas mãos” do Comandante de um C-54 que vai decolar ás seis horas para Washington. Chovia muito na rota, ou “derrota”, não sei; mas só fiz lhe perguntar: Mensagem à Garcia, Brigadeiro? Ele sempre concordava, sorrindo. Fui e voltei, de baixo do maior toró; de modo que, quando ele veio para o café da manhã, na companhia dos outros “Oficiais Aviadores”, e me vendo “são e salvo”, perguntou:-- Você ainda não foi? -- Não só já fui, com já voltei, Brigadeiro.  Foi quando ele me deu um daqueles seus apertos de mão, tipo “quebra ossos”, dizendo:-- Esta é o nosso Tenente Fura Bolo, o que sempre vai e sempre volta... kkkkkkk

Coronel Maciel.

sábado, 15 de janeiro de 2022

CORONEL CORISCO.

 

O meu amigo Coronel Corisco!

Perdi muitas oportunidades na FAB devido a este meu ser “metafórico”, sempre brigando como todo mundo, e muitas vezes comigo mesmo. Sempre que me diziam: --Não faça isso! Aí mesmo que eu fazia.   Uma vez eu escrevi um artigo “esculhambando” com o Sarney, na época Presidente desta também esculhambada República de Bananas, e alguns de seus “cupinchas” na FAB.  Artigo que    proporcionou 15 dias de cadeia. Cumprida a pena, fui transferido para o Rio. Fui me hospedar no Cassino da Base Aérea do Galeão. Minha família ficou em Brasília.   Dando uma olhadinha na lista de hóspedes, lá encontrei o nome do “Corisco”.  É neste quarto mesmo que eu vou ficar, disse para o ”estalajadeiro”. Bati na porta, bem devagarinho. É bom que se diga que me acompanhavam: um violão, duas tristezas na mala e muita saudade de casa. Corisco me recebeu de braços abertos: - - Mano velho, você por aqui?!-- Fiquei sabendo das sacanagens que fizeram com você, na FAB! -- Seja bem-vindo ao seu novo lar, soltando uma das suas mais estrondosas gargalhadas! Corisco já estava "meladão". Era um domingo, de tardezinha.  Perguntou se eu aceitava um Cabo, ou um Sargento. Um Cabo, era o mesmo que dizer dois dedinhos de pinga; um Sargento...  --Não demora muito, e já estávamos cantando as músicas do Luís Gonzaga. Houve uma hora em que ele não resistiu, e largou o maior "Dó de Peito”: - - "Só deixo o meu Cariri... No último pau de arara...” No dia seguinte o Corisco me prega a maior surpresa: - - Entro no quarto e dei de cara com meia dúzia de engradados de “Pilsen Extra” -- Dúzias e dúzias de “felicidade engarrafada”. Um fogãozinho elétrico para fazer uns tira-gosto. Corisco lembrava o jeitão do Corisco, da turma de Lampião. Daí o porquê de ele ser mais conhecido como "Corisco", o nosso saudoso Coronel Intendente Eraldo Correia de Lima, hoje com certeza gozando as delícias de morar no céu, sempre "melado", ao lado de São Pedro, e na companhia das mais belas Anjas e Santas de todos os céus, amém! .

PS: - - Espere por mim, mano velho!

Coronel Maciel.

 

 

 

 

 

sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Generais melancias?

 

Generais Melancias?

Se a minha ‘sagacidade política’ não me engana, essa “crise” nos Estados hoje tão desunidos ainda vai dar “em merda”, pois os eleitores do Trump, adeptos do Calvinismo, são os donos das maiores empresas do mundo, e não vão ficar aí chorando feito uns babacas vendo a maior democracia do mundo caindo, de “quatro”, nas mãos dos comunistas chineses; não. Minha vó, que era muito católica e acompanhava o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, lá em Belém do Pará, “na corda e descalça”, me dizia que não acreditava na existência de padres comunistas, mas de comunistas que se tornaram padres. Assim, “criancinhas comunistas”, entram sorrateiramente nos Seminários e vão indo, vão indo, até que chegam ao elevado posto de Cardeais; alguns até chegando a Papas, como é o caso do atual Papa Francisco.  Assim como eu não acredito em Generais, Brigadeiros, Almirantes comunistas; mas sim que alguns deles entraram “na moita”; mui sorrateiramente nas Escolas Militares, e acabam chegando aos mais elevados postos na carreira; são os chamados “Melancias”, verdes por fora e vermelhões por dentro; conhecidos também como “filhos da puta”, na minha sempre duvidosa opinião. Os comunistas já tomaram conta da “Mídia” no mundo inteiro. No Brasil, tomaram conta da Globo-Lixo, onde um tal de Bonner – “Bonitinho, mas Ordinário” -- não se cansa de esculhambar com Bolsonaro, que -- feito boi que só carrega carroça porque não sabe a força que tem -- já devia ter mandado “explodir” esse merda de Rede Globo. Vou ficando por aqui, pois o meu tempo e o saco são curtos; mas esperando que o nosso “Comandante-em-Chefe” acorde, e mande botar, não digo pra “fuder”, que é feio um Coronel ficar se expressando assim, dessa maneira tão “indelicada”. Mas, pelo menos, “botar pra quebrar”, antes que receba outra “facada”, dessa vez mortal. Acorda, porra!!!

PS: -- Edição publicada há um ano, hoje revista e “melhorada”...

Coronel Maciel.

 

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

MEU PAI.

 

Meu pai.

Puxei meu pai, que não era nada religioso, ao contrário da sua mãe, minha vó, que ia rezar, todos os dias, de manhã bem cedinho, sua missa, numa capelinha, a “Capelinha de Lurdes” pertinho lá de casa, lá no meu Belém do Pará. Minha mãe morreu também bem cedinho, quando eu tinha só meus sete anos. Éramos ao todo seis irmãs e dois irmãos, os últimos. Quando reunidos numa mesa grande, lá na cozinha, para o almoço, lembro de uma frase que ele gostava de dizer, mesmo sabendo que minha vó não gostava de ouvir: Religião é o “freio” da sociedade. Na época, eu não entendia muito bem o que ele queria dizer; mas eu dizia baixinho para o meu irmão: - Lá vem “ele” com a mesma conversa de sempre. Dia destes eu, relendo os “Irmãos Karamazov” do grande Dostoievski, lembro que um dos seus personagens gostava também de dizer: --Se Deus não existe, tudo é permitido. Parafraseando o grande escritor russo, eu diria: --Se Lula existe, tudo é permitido; e, o que é pior: Se os “Chineses”, existem tudo é permitido, até comer no café, no almoço e no jantar, sopa de ratos, baratas, cobras e morcegos.

Coronel Maciel.