Memórias de Minhas Putas Tristes.
Perguntaram pra mim se eu tenho medo de morrer. Ora, se até o
Papa, aquele que tem o passaporte carimbado direto para o céu, tem, imaginem eu,
que tenho minhas dúvidas sobre a existência de céus, infernos e de outras coisinhas
por aí. Estou do lado da nossa grande Cecília Meireles que
dizia: -- Um dia eu sei que estarei muda; “mais nada”. Estou também do lado de
outro grande, o Gabriel Garcia Marques, Nobel de Literatura, que escreveu um
livro que gosto de ler e reler. Um livro “Curto e Grosso”: -- Memórias de
Minhas Putas Tristes. Que livro! Principalmente para aqueles que já estão na “Final
Curta”. com o “trem” baixado. Um livro que relata a história de um velho
“Reformado” que sempre foi um medíocre na vida; que sempre viveu sem grandes
realizações. Gabriel nos conta o encontro de um velho solitário que, no dia em
que completou 90 anos, pede a uma cafetina que lhe arranje uma menina que fosse
“nova e virgem”, para passar a noite do
seu aniversário. Daí em diante as coisas mudam completamente. Descobre duas
coisas que se encontram, que se perseguem; que atormentam uma grande maioria de
homens: -- A impotência e o encontro com um grande amor! Garcia dá um enfoque
muito seu para essa história, que é a história de um amor. Me apresso em dizer
que não o recomendo àqueles conhecidos “carolas” das nossas santas e amadas
Igrejas. Vou ficando por aqui lembrando aos velhos como eu, que corram e venham
“viver” aqui em Natal enquanto é tempo; onde ainda se pode encontrar camarões
na brasa, lagostas grelhadas, acompanhadas de “louras virgens e geladas” para
se babar e beber...
Coronel Maciel.
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