Brasil, sufoco
monomotor!
Só aqueles que passaram
tremendos sufocos, como esse hoje velho piloto “hangarado”, que passou duas
horas, e duas horas não são dois minutos, voando monomotor (o outro pegou fogo!),
pilotando um corajoso “Dakota C-47”, um verdadeiro recorde de “sufoco monomotor”,
com a velha garça entupida das mais variadas espécies de “pessoas a bordo”:
papagaios, macacos, cachorro magro, tartarugas, padres, freiras e índios, sobrevoando
o sinuoso Rio Juruá, de baixo de chuvas e trovoadas, é que pode imaginar o que
é um sufoco em pleno voo; o que é sentir aquele “gostinho de merda na boca”. Mas,
acredite quem quiser, após o pouso em “Eirunepé, linda e pequenina joia perdida
no “Juruá”, e já nos últimos suspiros de uma tarde que morria, como diria um
poeta, fui carregado, como herói, ao longo da pequenina pista de pouso!
Procura-se um piloto,
sortudo como eu, para pilotar esse desgovernado Brasil!
Coronel Maciel.
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