“Só loucos” voavam como nós
voávamos naqueles aviões dos “tempos da guerra”, aviões que equipavam a minha
querida e saudosa Força Aérea Brasileira! Saudosas e amigas “carroças”: T-6,
C-47, Catalinas, Beech-Mata-Sete e tantos outros aviões dos tempos do “Arco e Flecha”,
que nem de longe pensavam em contar com a ajuda desses incríveis “avionics” de
hoje; sem GPS! Não era mole sobrevoar a
imensa Floresta Amazônica, imenso “Inferno Verde”, olhando a selva lá em baixo,
cortada por tantos rios, furos e igarapés; com todas suas onças, cobras e
jacarés; tentando “navegar” com as cartas “WAC”; com aquelas réguas de plotar;
com aquele “Computador” E6-B; tudo dos tempos da guerra! Parecíamos até, me
desculpem a comparação, com esses vira-latas abandonados, mas que nunca são
atropelados; uma espécie de seleção natural os vai ensinando a “voar”,
diferentes que são dos inocentes “cachorrinhos das madames” que, ao primeiro
grito de liberdade, são logo mortos ou atropelados!
Ah, se eu fosse lhes
contar todas as perigosas acrobacias “rasantes”, ao ronco dos nossos T-6’s, em
cima das casas das namoradinhas e namoradonas, contidas nas páginas das nossas “Cadernetas
de Voo”! Ah, se elas falassem! Contariam
histórias maravilhosas de voos lindos e apaixonados, de fazer inveja aos “novinhos”
da nossa hoje moderna Força Aérea, voando os melhores aviões, mas, triste
fiquei sabendo, indo “pra reserva” sem ter voado nem um décimo das nossas antigas,
saudosas e apaixonadas horas de voo!
Coronel Maciel.
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