Nem na “Ditadura”!
Quem me dera agora o
verbo solene de um “Vieira”! Quem me dera agora a veia poética de um “Machado”
para descrever o abismo que separa as esperanças verdes daqueles nossos velhos
tempos, com a triste realidade desses novos tempos! Não exijam de mim descrever
aquele nosso Brasil, se não quiserem que eu ensope de lágrimas os olhos dessas
mães que hoje choram a perda de filhos, coitadinhos, fuzilados, indefesos, ainda
dentro de ventres maternos! “Nem na “Ditadura” – disse o presidente do Senado
Federal, ao ver aquelas três vulgares, ordinárias, grosseiras senadoras
ocupando a mesa do Senado; três mulheres que nem de longe representam a verdadeira
mulher brasileira! A verdadeira mulher-mãe brasileira, aquela mulher que, forte,
estremece e chora, ao ver o sofrimento das nossas criancinhas, e, fraca, se
alteia mais que a bravura dos leões, na defesa dos filhos! Não exijam de mim que relembre o nosso
passado, um passado feliz que cruzamos em nossos caminhos, sem que os nossos
filhos e netos, os nossos mais incorruptíveis e inexoráveis julgadores, venham,
com todas as razões; com todas as pedras nas mãos, nos acusar dessa herança
maldita que os estamos deixando.
Coronel Maciel.
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