O Único Certo!
Só quem já passou sabe
como são difíceis os primeiros dias de um “aluno” numa Escola Preparatória de
Cadetes. Quanta saudade daquela “boa vida” em casa; levantar-se sem ter que
arrumar a cama; saudades dos carinhos da “mãezinha querida”; ter que enfrentar
o “trote”, que hoje eu nem sei se ainda existe, mas que no meu tempo era pesado
até demais! Enfrentar aquela rotina; aquela “correria” o dia inteiro, que só
acaba com o toque de silêncio, para começar tudo de novo, com o toque da
alvorada. Alguns “novinhos” tinham certa dificuldade, no início do curso, em
coordenar o toque do tambor da Banda de Música com o movimento dos braço e
pernas, quando logo aparecia um “gozador” para dizer que aquele era o “único
certo”. Era uma luta diária que durava seis anos, para os que entram no
primeiro ano, até a declaração de “Aspirante”, quando pensamos que “somos o rei
da cocada preta”, e que todas as garotas do mundo estarão facilmente ao alcance
dos nossos beijos e abraços! Ledo engano, pois, quando menos se espera, somos devidamente
“fisgados”. E a vida continua cada vez mais intensa, cada vez mais exigente, obrigações
com a pátria, com os “aviões” e agora com a família toda! Tudo durante trinta,
quarenta, cinquenta anos até a passagem para a “Santa Reserva”, quando a vida
continua, agora e sempre pilotando a mesma “velha companheira”... É quando
começamos a sentir saudades daqueles bons tempos que não voltam mais, dizendo “começaria
tudo outra vez, se possível fosse, meu amor. Mas o que eu queria mesmo dizer é
que o aluno novinho logo aprende a marchar, o que não acontece com esse Ministro
Gilmar Mendes, que se acha o “único certo”, nesta sua velhice cada vez mais vergonhosa.
Coronel Maciel.
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