Sexta Feira Santa!
Quando criança, eu
tinha o maior medo de ir parar no inferno, tantos eram os meus pecados “mortais”;
também tinha medo do “Lutero”, que me diziam ser pior que o cão chupando manga.
Quando criança, além de gostar de jogar
bola no meio da rua -- a rua lá de casa, lá no meu Belém do Pará, era de terra batida e tinha postes de ferro no
meio -- com bolas feitas com meias de seda das minhas irmãs; gostava de jogar
peteca; de pegar pião na unha, entre
outras tantas brincadeiras daqueles nossos velhos tempos, quando não havia internet,
nem televisão, nem outras drogas dessas que andam por aí; mas o que gostava mesmo era de empinar
papagaio, fato que acabou me levando a empinar “aviões”, pelo resto da vida.
Mas o que eu queria mesmo dizer é que, à medida que eu ia voando, voando,
voando cada vez mais pertinho do céu, nunca encontrava nem disco-voadores, nem
as portas do céu, coisa que eu tanto procurava; fui então ficando cada vez mais
descrente, descrente de tudo, tal e qual o Papa Francisco, que não acredita no
inferno; eu fiquei pior, muito pior, e hoje não acredito nem em inferno, nem no
céu. Minha fé, hoje, eu acho, é menor que a fé de uma formiga; mas que saudades
daqueles tempos que eu me pelava de medo de ir para o inferno...
Coronel Maciel.
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