Vez enquanto sou “assediado”
nas ruas, bares, botecos, puteiros por aí, por algum desses falsos “estudantes”
universitário; desses muitos maldosamente doutrinados por não sei quantos professores,
mestres, doutores, reitores regiamente pagos para fazer suas cabecinhas, que me
perguntam, também maldosamente, se “vivi a ditadura”. Olho pros céus e fico
assim pensando: como foi que esse filho da puta descobriu que eu sou “coronel”,
se eu faço tudo para não parecer que sou; só ando de bermuda, chinelão de rabicho,
fuçando velhos livros nos sebos de Natal, pois só nos sebos é onde ainda posso
encontrar aqueles bons livros que gostamos de ler; e fico pensando no caso do Donald
Trump, um dos homens mais bilionários do mundo, que, não satisfeito, foi se
meter na pior boca do mundo, qual seja ser presidente dos Estados hoje tão Desunidos.
O Trump, coitado, não pode, assim como nós podemos entrar num desses botecos da
vida e ficar olhando as “bundas passar”, com nossos copos nunca cheios nas mãos. Machado de Assis, com seu humor implacável, sempre
me dizia: coronel, há gosto pra tudo! Quando sou assim interrogado eu respondo
na hora: em 64, atendendo terços, rezas,
apelos e orações, assumimos o comando do “avião”, deixando o Brasil voando
alto, em céus de brigadeiros, durante mais de vinte anos, na mais gostosa
solidão! Mas, bobeamos, pois, voando lá nas alturas, esquecemos os voos
rasantes, e baixar então o cacete, como fez o Fidel Castro; mas não; em vez
disso, ficamos passando panos quentes nas bundas desses terroristas que hoje nos
desgovernam e deu no que deu, neste Brasil impossível de viver! Daí ser melhor
mesmo deixar as Forças Armadas “neste silêncio que mete medo”, mas capaz de
acordar os túmulos daqueles velhos generais! Mas é bom não esquecer que quanto mais
sossegada é a cobra, mais mortal ela é! A cascavel, por exemplo, como uma vez
eu vi lá nos “Tiriós”, uma tribo de índio lá no Norte do meu Estadão do Pará,
onde a gente costumava pernoitar, naqueles nossos velhos bons tempos. A gente
ia passando, passando, e a cascavel quieta, encolhida, enroscada, enrodilhada, mexendo
só com o rabinho, sacudindo o chocalho, avisando. -- Não mexam com ela, nos
diziam os frades missionários alemães; pois ela pode se “emputecerrr”...
Coronel Maciel.
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