Brasil, Parnaíba e Argentina.
Berenaldo era Sargento
Radiotelegrafista servindo no Destacamento de Proteção ao Voo, em Parnaíba, lá
do Piauí. Berenaldo sonhava, assim como todos nós sonhamos, acertar na Loteria.
Naqueles bons tempos não havia a “Mega-Sena”; só a recém-criada Loteria Esportiva;
e foi num Domingo à tardinha, ouvindo, sozinho, esperançoso, o resultado dos
jogos no seu radinho de pilha, numa das belas praias de Parnaíba; olhando lá
longe as paredes do céu se encontrando com as ondas verdes dos mares Atlânticos;
e foi acertando, acertando, acertando e quando viu, estava rico! Riquíssimo! Na
época eu servia no Serviço Regional de Proteção ao Voo, SRPV-2, em Recife, a
minha querida “Veneza Brasileira”. Berenaldo quando se viu assim tão rico,
“ensandeceu” -- como diria o nosso Machado de Assis no seu “Mosca Azul”.
“Zerou” as dívidas de todos os seus amigos que serviam no Destacamento, e
sumiu; entrou em "Destrefa”; desertou. Resolveu se apresentar depois de
várias semanas, na sede do SRPV, que ficava numa área dentro da Base Aérea de
Recife. Berenaldo não veio fardado; veio todo nos "trinques”; vestido à
caráter: -- Paletó branco todo engomado, sapatos pretos de verniz, unhas bem
tratadas, um perfeito turista internacional; convidei-o para um cafezinho, e
fiquei admirando uma pessoa que, de repente, ficou multimilionário, me dizendo,
rindo, alegre, sorridente que veio pedir as contas da FAB. Ora, eu, que era seu
amigo, e visando facilitar sua nova vida de homem rico, contei o caso ao Brigadeiro
Comandante do COMAR, e foi então autorizado que ele entrasse em gozo de Licença
Especial, a partir do dia da deserção; e durante a nossa conversa, fiz-lhe ver que esta era a sua melhor opção; passar seis
meses estudando a melhor maneira de aplicar tanto dinheiro. Mas de nada
adiantou “os meus conselhos”, e Berenaldo nos disse adeus e partiu... -- Partiu,
mas parece que não foi feliz. -- Afeito a só "martelar" nos aparelhos
de telegrafia perdeu tudo. Assim fiquei sabendo, pois nunca mais o vi. Faço
esse arrodeio todo, pensando no nosso corajoso mito B-17, que acaba de dar
motor e dizer, alto, para o mundo
inteiro ouvir:--Bandidos de esquerda começaram a voltar ao poder na Argentina, agora
a caminho de se tornar uma outra “Venezuela”; ao que o “Alberto”, uma espécie
de Lula de lá, que tem como vice a “Kirchner”, outra espécie de “Dilma” de lá, ficou
com raiva e disse que o Bolsonaro é “misógino” kkkk; esses argentinos não criam
vergonha mesmo; levaram um pontapé na bunda (conforme prometido, eu agora só
uso “eufemismos”) dos ingleses nas Malvinas, e, como sabemos, eles se “borram”
de medo do chilenos, e precisam respeitar
o nosso grande mito, pois, como ele mesmo diz:-- Respeito é bom e eu
gosto...
Coronel Maciel.
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