Na moita.
Sempre gostei de viver “na
moita”; sempre olhando de longe aqueles que se achavam os melhores; os mais
sabidos; os mais “líderes”, os melhores pilotos do mundo; os que também se
achavam donos das “melhores mulheres do mundo”. Mas sem nunca ter inveja de nenhum
deles; sempre confiei no “meu taco”. Gostava muito de sentar só, num canto
qualquer dos piores “bares” vida, bebendo minhas cervejinhas, às vezes alternado
com generosos copinhos de cana; ouvindo músicas consideradas de quem está na “fossa”;
de quem está sentindo falta de alguém; às vezes me fazendo acompanhar de algum
velho violão. Nunca mais toquei violão, nem posso mais beber com gostava de
beber antigamente: -- Para ficar mesmo de porre! Velhice não perdoa. Nessas
horas gostava de ficar ouvindo cantoras daquelas bem antigas, como justamente
agora, deitado na minha velha rede branca ouvindo, sabem quem? Idenilde de
Araújo Alves da Costa, cantora potiguar nascida em Açu, que assumiu o nome de
Núbia Lafayette, por sugestão do Adelino Moreira, grande compositor de músicas
tipo “Devolvi” (a aliança). Núbia gravou também “Casa e Comida”, esta do Rossini
Pinto, música que virou, digamos, “Hino Oficial” das mulheres mal-amadas e
desprezadas por maridos “infiéis”. Mulheres, e muitas vezes lindas mulheres,
que sabiam de cor o refrão -- “Não é só casa e comida que faz a mulher feliz”.
Quantas saudades daqueles nossos velhos tempos...
Coronel Maciel.
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