Esses “Casos de Amor”
pecaminosos envolvendo Papas, Cardeais, Bispos, Padres e tantos outros que vez
em quando explodem por aí, faz com que os milhões e milhões de católicos
espalhados pelo mundo inteiro fiquem perplexos, perdidos, sem saber nem
compreender tudo de certo ou errado que está acontecendo com a Santa e Amada
Igreja Católica. Casos que me fazem lembrar o nosso saudoso professor de
português dos meus tempos de Cadete-do-Ar no hoje já lendário Campo dos
Afonsos, no Rio. Era o professor Mário Barreto. Parente de Fausto Barreto, que
junto com Carlos de Laet, nos deram a mais que florida “Antologia Nacional” ou
“Coleção de Excertos”. Mário Barreto sabia de “cor e salteado” a famosa
Antologia com suas 592 páginas, fato que impressionava a todos nós.
Eu sempre gostei de
aulas de português; não de estudar suas regrinhas gramaticais, que só servem
para irritar seus estudantes. Lógico que
algumas regras são essenciais. Mas o que eu gostava mesmo era do estudo das
metáforas, a linguagem dos poetas. Gostava muito quando ele, sentado em sua
cadeira, pernas cruzadas, sempre vestido “à caráter”, de frente para seus
alunos, dizia: -- Hoje vou representar para os senhores a famosa peça em um ato conhecida como a “Ceia dos
Cardeais”, de Júlio Dantas. E passava a representar de modo muito pessoal as
figuras do Cardeal Gonzaga, bispo de Albano e Camerlengo; do Cardeal Rufo,
arcebispo de Óstia e Deão do Sacro-Colégio; e do Cardeal de Montmorency, bispo
de Palestrina, que contavam para eles mesmos, enrubescidos e embevecidos, suas
histórias de amor, vividas em suas distantes mocidades. O professor Mário
Barreto ficava emocionado quando, ao final da representação, assim como quem
acorda; os olhos cheios de brilho; a expressão transfigurada, repetia as
últimas frases do Cardeal Gonzaga, quando dizia: -- Como é diferente o amor em
Portugal!
Não tenho, nem sigo
religião nenhuma; acredito num Deus, um Deus meu muito particular e muito diferente
da maioria dos Deuses criados pelos homens, que os senhores tanto conhecem. Mas
gosto muito de ler e reler tudo sobre todas as religiões do mundo; do
Islamismo, ao catolicismo, ao espiritismo (não sei espiritismo é religião); o
budismo, de Buda, o doutrinador religioso que não acreditava em Deus, e tantas
e tantas outras, incluindo a religião dos Deuses Negros da África Negra. E fico
com muita pena; muita pena de mim mesmo por não haver nascido com a fé, “asas
divinas onde se abrigam os felizes fiéis do mundo inteiro”. A fé que remove
montanhas! A fé de Dante Alighieri na sua “Divina Comédia” mostrando que o homem,
através da razão, chega à fé. -- Dante, que seguindo Virgílio, encontra sua
Beatriz! Eu sigo a Cecília Meireles quando “me” diz:- - Um dia estarei mudo;
mais nada.
PS:- Gostaria de saber
de que lado vai ficar a nossa Santa e Amada Igreja Católica nas próximas - de
cartas marcadas – eleições; se do lado
de Deus, ou da "Diaba"...
Coronel Maciel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário