No princípio era o
verbo, e o verbo se fez carne... No princípio dos anos sessenta, eu era Cadete do
Ar decolando -- vibrante, corajoso, cheio da mais pura energia e “com tudo em
cima” –, abraçado ao mais empolgante de todos os ideais: A Aviação!
Naqueles idos, o Brasil
era, com licença da má palavra, uma verdadeira esculhambação política,
econômica e social. A Escola de Aeronáutica dos Afonsos, ninho das Águias Brasileiras,
vivia em constantes estados de prontidão. Vez em quando passávamos noites e
noites com armas nas mãos, rondando o prédio do Corpo de Cadetes, morrendo de
sono, à espera do inimigo, inimigos que nós nem sabíamos direito quem eles
eram. Sabíamos que eram “lobos comunistas”; mas, como sempre, viviam
disfarçados em inocentes cordeirinhos, como em 1935, na “Intentona Comunista”,
acontecida na nossa mesma Escola, quando muitos dos nossos “ancestrais” foram
covardemente assassinados quando dormiam.
No meio daquela orgia
esculhambatória apareceu uma figura carismática, “messiânica”, resolvida a por
um pouco de ordem naquela zorra. Seu nome: Jânio Quadros, o qual, com sua “vassourinha”
e a cabeça cheia de generosos copos de uísque e deliciosas cachaças, começou a fazer
misérias. Por exemplo: condecorar com a “fabulosa” Ordem do Cruzeiro do Sul um
dos maiores assassinos da história desta sofrida América Latina, o Che Guevara,
até hoje amado e idolatrado por muitos incautos brasileirinhos.
Mas a sua maior burrice
foi quando, durante um memorável porre, resolveu renunciar, na esperança de
voltar nos braços do povão, e se tornasse um ditador, à semelhança do que
acontecia em Cuba, quando Fidel Castro saiu vitorioso na famigerada Revolução
Cubana. Jânio, porém, se deu mal, e o povão “cagou mole” pra ele, dando origem
a ascensão ao poder de um dos maiores cornos da historia política do Brasil, o
popular Jango Goulart.
Não vou agora cansar os
meus amados ouvintes recordando os passos de marcha acelerada acontecidos até a
chegada ao poder dos militares, estes, sim! -- nos braços do povo brasileiro,
cansados que estavam de tantas sacanagens.
Foram mais de vinte
anos e -- queiram ou não queiram os nossos inimigos -- anos de muita
tranquilidade, paz, ordem e desenvolvimento, tudo sem esculhambação. E não como
hoje, quando há muita esculhambação, sem nenhum desenvolvimento.
Derrubados, derrotados,
humilhados, ofendidos, “expulsos do paraíso”, os generais recolheram-se aos
seus tanques, navios e aviões, deixando o Brasil nas mãos dos mais perigosos
ratos, ratinhos e ratões.
Hoje o Brasil está
pior, “muito mais pior” do que naqueles meus tempos de cadete. Mergulhados que estamos até o talo nas lamas
do “Petrolão”, pior, muito pior que o “Mensalão”. Muito pior, porquanto não
contamos mais com a presença do “Joaquinzão Barbosa”, grande líder do STF, hoje
nas mãos de togadas baratas, baratinhas e baratonas escolhidas à dedo, por
esses terroristas que tanto nos envergonham.
“Pior do que está o
Brasil não pode ficar!” É hoje a voz corrente. Mas, eis que surge “para nos
salvar” uma figura considerada mais messiânica ainda que o messiânico Jânio
Quadros; a seringueira do Acre, com promessas semelhantes e muito mais
estonteantes.
Só peço ao meu bom Deus
e a “Nossa Senhora de Nazaré”, padroeira da minha querida cidade morena de
Belém do Pará -- para que a “história não se repita”, apesar de estarmos
vacinados...
Coronel Maciel.
Um comentário:
Não concordo com a ditadura que foi o governo militar. Não concordo nem com reeleição. Mas não posso negar que o país realmente cresceu durante o governo militar. Os que se dizem perseguidos são essa escória que hoje comanda o nosso país.
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