terça-feira, 9 de setembro de 2014

O Brasil na mais completa "Esculhambação"!


No princípio era o verbo, e o verbo se fez carne... No princípio dos anos sessenta, eu era Cadete do Ar decolando -- vibrante, corajoso, cheio da mais pura energia e “com tudo em cima” –, abraçado ao mais empolgante de todos os ideais: A Aviação!

Naqueles idos, o Brasil era, com licença da má palavra, uma verdadeira esculhambação política, econômica e social. A Escola de Aeronáutica dos Afonsos, ninho das Águias Brasileiras, vivia em constantes estados de prontidão. Vez em quando passávamos noites e noites com armas nas mãos, rondando o prédio do Corpo de Cadetes, morrendo de sono, à espera do inimigo, inimigos que nós nem sabíamos direito quem eles eram. Sabíamos que eram “lobos comunistas”; mas, como sempre, viviam disfarçados em inocentes cordeirinhos, como em 1935, na “Intentona Comunista”, acontecida na nossa mesma Escola, quando muitos dos nossos “ancestrais” foram covardemente assassinados quando dormiam.

No meio daquela orgia esculhambatória apareceu uma figura carismática, “messiânica”, resolvida a por um pouco de ordem naquela zorra. Seu nome: Jânio Quadros, o qual, com sua “vassourinha” e a cabeça cheia de generosos copos de uísque e deliciosas cachaças, começou a fazer misérias. Por exemplo: condecorar com a “fabulosa” Ordem do Cruzeiro do Sul um dos maiores assassinos da história desta sofrida América Latina, o Che Guevara, até hoje amado e idolatrado por muitos incautos brasileirinhos.

Mas a sua maior burrice foi quando, durante um memorável porre, resolveu renunciar, na esperança de voltar nos braços do povão, e se tornasse um ditador, à semelhança do que acontecia em Cuba, quando Fidel Castro saiu vitorioso na famigerada Revolução Cubana. Jânio, porém, se deu mal, e o povão “cagou mole” pra ele, dando origem a ascensão ao poder de um dos maiores cornos da historia política do Brasil, o popular Jango Goulart.

Não vou agora cansar os meus amados ouvintes recordando os passos de marcha acelerada acontecidos até a chegada ao poder dos militares, estes, sim! -- nos braços do povo brasileiro, cansados que estavam de tantas sacanagens.

Foram mais de vinte anos e -- queiram ou não queiram os nossos inimigos -- anos de muita tranquilidade, paz, ordem e desenvolvimento, tudo sem esculhambação. E não como hoje, quando há muita esculhambação, sem nenhum desenvolvimento.

Derrubados, derrotados, humilhados, ofendidos, “expulsos do paraíso”, os generais recolheram-se aos seus tanques, navios e aviões, deixando o Brasil nas mãos dos mais perigosos ratos, ratinhos e ratões.

Hoje o Brasil está pior, “muito mais pior” do que naqueles meus tempos de cadete.  Mergulhados que estamos até o talo nas lamas do “Petrolão”, pior, muito pior que o “Mensalão”. Muito pior, porquanto não contamos mais com a presença do “Joaquinzão Barbosa”, grande líder do STF, hoje nas mãos de togadas baratas, baratinhas e baratonas escolhidas à dedo, por esses terroristas que tanto nos envergonham.

“Pior do que está o Brasil não pode ficar!” É hoje a voz corrente. Mas, eis que surge “para nos salvar” uma figura considerada mais messiânica ainda que o messiânico Jânio Quadros; a seringueira do Acre, com promessas semelhantes e muito mais estonteantes.

Só peço ao meu bom Deus e a “Nossa Senhora de Nazaré”, padroeira da minha querida cidade morena de Belém do Pará -- para que a “história não se repita”, apesar de estarmos vacinados...

Coronel Maciel.

 

 

Um comentário:

mcmc disse...

Não concordo com a ditadura que foi o governo militar. Não concordo nem com reeleição. Mas não posso negar que o país realmente cresceu durante o governo militar. Os que se dizem perseguidos são essa escória que hoje comanda o nosso país.