Como dizer aos nossos
filhos e netos o que foi, como foi, por que foi que os militares resolveram
tomar as rédeas do poder e fazer a hoje tão escorraçada, tão odiada “Ditadura
Militar”, se a grande mídia; se a grande
maioria dos professores, mestres e doutores das nossas Universidades, hoje tão
dominadas pelas esquerdas; até as nossas escolas mais humildes, se encarregam
de dizer suas mentirosas verdades? --
São poucos os pais; são poucos “os mais velhos” que ainda têm coragem de
denunciar esses falsos professores pagos
regiamente para fazer a cabeça dos nossos jovens estudantes. Sei que meus
“sermões” não passam de um “furor terrível”, mas impotentes. Não passam murros
em ponta de faca! -- Mas, não me canso de dizer que minha espada enferrujada,
ainda fura! Último dos moicanos!
Mas, quem sabe se um
“Tenente Aviador”; um que seja “macho do culhão roxo” resolva pegar um “Mirage”
(nem sei se ainda voam...) e resolva fazer estrondosas passagens baixas supersônicas,
acordando todos os ratos e ratazanas que se escondem nos desvãos imundos dos
palácios dos três poderes?
Ou então que os nossos
esfomeados e muito mal remunerados (não só eles, como todos nós) Sargentos
Controladores de Voo resolvam parar, desligando seus microfones e deixando
todos os aviões no solo, estacionados, nos calços. -- Alguns, recentemente,
resolveram agir assim, e provocaram um verdadeiro caos aéreo. O Brasil inteiro
então ficou sabendo de suas sofridas existências! O dia a dia na vida de controlador de voo são dias de eternas lutas e
grandes responsabilidades! Eu sei do
valor dessas lutas. Eu também servi num “Serviço Regional de Proteção ao Voo” e
sei das longas horas de máxima atenção,
durante todos os dias, todos os meses, todos os anos! -- Desde a rigorosa hora
de seleção para ser admitido na Escola de Especialista da Aeronáutica -- o
berço, a decolagem -- até o pouso final. Até o corte dos motores... -- Mas, nem
todos tiveram peito e coragem de ir em frente; a maioria fugiu da luta,
deixando só alguns na “frente de combate”, que acabarem sendo expulsos das
fileiras da FAB, e jogados no olho da rua.
Alguns poderão me
perguntar:- - Mas só agora, reformado, de pijama, é que você se enche de
coragem, coronel? O que que é isso? –
Não! – Quando na ativa; quando coronel aviador servindo no Estado Maior da
Aeronáutica, escrevi um artigo publicado na edição dominical do “Jornal do
Brasil”; artigo que consta nos anais da Câmara dos Deputados, denunciando todas
as safadezas do “Plano Cruzado”, no início da famigerada Nova República, quando
fui preso por 15 dias sem fazer serviço, cortando minha carreira na FAB.
Coragem não é como
preguiça, que todo mundo tem!
Coronel Maciel.
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