Um pai tem que ser
muito esperto para saber que tipo de filho ele tem em casa. Fui Comandante de
Esquadrilha de Alunos na Escola Preparatória de Cadetes do Ar, em Barbacena;
eram quase duzentos, “os filhos”; difícil para mim era decorar o nome de todos
eles. Sou melhor fisionomista. Alguns
eram “filhinhos de papai”. A grande maioria, não. Gaúchos, aratacas,
cariocas, paulistas, mineiros. A Esquadrilha sempre
foi e sempre será é um punhado de amigos! “O pai” de todos nós, inclusive dos
oficias, era o “Brigadeiríssimo” Camarão. Difícil encontrar outro igual. Poliglota.
Amigo. Trabalhador. Piloto dos melhores que já conheci. “Disciplinado e disciplinador”, como se
costuma dizer.
O mal de alguns desses
meus saudosos “anjinhos de azul” era pensar que nós também nunca fomos
“anjinhos” iguais a eles. Iguaizinhos. “Somos iguais”. Conhecemos nossas “manhas”.
Agora, imaginem o que é essa turma toda de
meninos inteligentes; meninos adolescentes “com tudo em cima”, soltos pelas
ruas só de subidas (não há descidas em Barbacena... rs) em
Barbacena naqueles frios fins de semana
de junho. Os rapazes da cidade perdiam todas. As lindas mineirinhas voavam para
pousar nos braços quentes de amor dos futuros “Cadetes de Ar”! As brigas eram
inevitáveis...
Hoje relembro com
saudades dos muitos que ficaram pelas dobras dos caminhos, e dos poucos que
hoje são Brigadeiros do Ar da nossa querida Força Aérea Brasileira!
Coronel Maciel.
Um comentário:
Prezado Maciel
Prestando-lhe a continência regulamentar, informo que gostei de relembrar, viajando no tempo desse veterano.
Abraço deste irmão mais novo
Amaro
60-24
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