Quando terminamos o
curso de bombardeio nos saudosos aviões “Invader B-26”, em Natal, em 1963
(lembro-me agora que num desses voos a TWR nos informava que o Presidente
Kennedy acabara de ser assassinado em "Balas", no Texas... Lá, me parece que eles resolvem "seus problemas" com maior rapidez...), alguns (os melhores, é claro... rs) foram
designados para formar o que seria a primeira turma de Instrutores de Voo, em
Pirassununga, terra boa, terra do “Curimbatá”, das mais lindas meninas e da gostosa caninha 51,
naqueles bons tempos quando a hoje
Academia da Força Aérea, era ainda um simples “Destacamento Precursor”.
Ora, quando o tempo
fechava, (como agora no Brasil...) e de tão fechado que passarinho ia pra casa “a
pé” e quando já no fim do expediente, “voávamos” para o quarto do Capitão
Capelão Sebastião (o Tião...um verdadeiro santo), que nos servia de “Cassino”,
para umas boas rodadas de inocentes de jogo de “Pôquer”, rodadas sempre regadas
com “louríssimas geladas”. Era um quarto de homem solteiro, onde havia -- além
de rezas, de terços, de quadros de santos e santas -- um papagaio vindo do Pará,
que “piruava” o nosso jogo. A turma era quase sempre a mesma: eu, o Rangel, o
Capitão Intendente Teles, solteirão e mais conhecido como "Full
Cariri", porque estava sempre vestido “à caráter”, cachimbão na boca e sempre
de terno e gravata, paquerando o “footing” na pracinha da cidade, e o Libardi.
Um dia a gente ganhava, num outro a gente perdia, e a vida continuava, linda,
feliz, voadora! Mas um dia, um daqueles dias quando a bruxa anda solta, estávamos
ali numa boa, jogando, tomando umas e outras, quando vieram chamar o Libardi
para um “voo extra”, com um seu aluno, que não me lembro agora o nome.
Ficamos, então,
esperando ele chegar. Esperamos, esperamos, esperamos, até que entra, chorando,
o “Tião”, dizendo que o Libardi não voltaria nunca mais...
Coronel Maciel.
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