Quem for podre que se
quebre, besta, morra triste! Dizia minha querida vovozinha lá no meu Belém do
Pará, repetindo o que um caboclo velho lhe dizia, lá no meu Acará, vilazinha do
meu interior, berço dos meus “ancestrais”! “Besta”, digo eu, são aqueles que
não estão agora deitados no berço esplêndido de uma velha rede branca, onde me
balanço dias e noites inteiras! Há vida melhor do que essa? Eu acho que não,
pois rico é o pobre satisfeito com o que tem! Mas não fiquem pensando que
recebi essa rede assim de graça. Não! Foram muitas e muitas noites mal dormidas,
como foram a de todos nós, “velhos marinheiros”, hoje inúteis na paz e
incapazes para guerras.
A mulher dos outros é
sempre melhor do que a nossa, dizem maridos “traídos”. Nada melhor que ser um
Deputado Federal! Nada melhor que ser um rico Senador! E quantas “lutas”, e quantos
“descaminhos”, e quantos “desenganos” para chegar a ser! E nada mais natural, então, como neste agora, que
eles se mordam, se rosnem, se rasquem, se explodam, com furor nos olhos, por um
pedaço de osso, um pedaço de osso já sem carne que ainda resta do Brasil, como
faziam os cães do “Machado de Assis”, quando Quincas Borba, bengala debaixo do
braço, em “êxtase”, dizia: -- “Que belo que isto é! ”
Coronel Maciel.
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