Nos meus tempos de
criança, além daquelas mil travessuras, conforme já me expliquei, minha avó,
coitadinha, que era muito católica, ela ia todos os dias às missas, e por isso
deve estar muito feliz vivendo no céu, queria que eu fosse ser “Padre”. Pode? Fui
então ser “coroinha”, chegando até “ajudar missa”, em “Latim”! Mas não deu nada
certo, e acabei sendo “expulso” da irmandade. E hoje me considero “ateu”, mas
não ao ponto de ser um “Voltaire”, aquele que esculhambou, ou melhor, “desacreditou”
todos os Deuses, desses “Deuses” criados pelos homens, Deuses de todos os
tempos, desde aqueles dos tempos dos livros do “Monteiro Lobato”, que eu
gostava tanto de ler, até os atuais, sejam eles da Ubanda, Católicos,
Maometanos, “Espiritismo”, e tantos outros por aí. Voltaire acabou sendo
excomungado, e por isso deve estar sendo queimado nas labaredas sulfúreas dos
infernos; ele, e o “Hieronymous Savonarola”, que os cardeais da época mandaram
enforcar, queimar, e não sei se sepultado, devido aos seus “incendiários
discursos”. Mas não fiquem pensando que sou um “ateu” que não gosta de ler tudo
sobre religião. Não! Leio tudo, tudo, leio a “Bíblia”, considerada Sagrada; mas
leio tudo como se tudo fosse uma espécie de literatura “fantástica”! Na
verdade, todos, ou muitos de nós, conhecemos “ateus” que são muito mais éticos
que muitos dessas pessoas que, com medo de “não ir para o céu”, ou “de ir para
o inferno”, passam suas vidas rezando intermináveis terços, orações, sofrendo, “jejuando”,
penando, transando pouco, ou quase nada, e só “feijão com arroz”, na esperança
de melhores dias após a morte. Isso p’ra mim não é viver...
Coronel Maciel.
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