sábado, 9 de dezembro de 2017

Velhos Gagás.

Perguntaram p’ra mim se minha mulher não fica “chateada” quando digo que fico olhando garotas por aí. Eu penso assim: ciúme, como dizem, é o tempero do amor; quem não tem, nem que seja um pouquinho só, ciúmes do homem ou da mulher amada? Mas que não se deixem enganar como “Otelo”, o famoso “Mouro de Veneza”, que se deixou enganar pelo mais filho da puta dos “amigos”, um tal de Iago. Outra coisa: por que só os “homens” podem ficar “olhando” as mulheres lindas que desfilam por aí, e as “mulheres” não, para esses “gostosões”, que, de tanto malhar, ficam parecendo azeitonas enfiadas com dois palitos, fazendo papel de pernas? É, ou, não é?
Estou brincando; vamos falar de coisas sérias. “Conheci” o meu amigo Gabriel García Márquez no dia em que comecei a ler seu mais didático, sensual e emocionante livro! Um livro de poucas páginas, como os que eu gosto de ler: “Memórias de Minhas Putas Tristes”. Que livro bom! Principalmente para quem já está nas “últimas”, como eu, pois relata a história de um velho, também “gagá”.  Um velho que sempre foi um medíocre na vida. A história de um velho que, no dia dos seus “90 anos”, pede a uma cafetina que lhe arranje uma “menina que fosse jovem e virgem”, para passar a noite do seu solitário aniversário. Daí em diante sua vida mudou. Descobre então duas coisas que se encontram, que perseguem e que atormentam uma grande maioria dos homens: -- a impotência e o encontro com um grande amor! Foi o único livro que eu tive paciência de ler desse escritor latino americano, que dizem que era comunista nato, laureado com um “Nobel” de literatura. Mas não o recomendo a nenhum desses “carolas” que frequentam essas santa e amada igrejas, que pululam por aí.
Não sei quando os suecos vão escolher um brasileiro para receber tão cobiçado prêmio. Comecei a gostar realmente de ler quando fui para a Santa Reserva, e depois de também “conhecer” o Jorge Luís Borges, para mim, um dos melhores do mundo. Dizem que Borges queria, mas não conseguiu, receber tão cobiçado prêmio. Sempre me pareceu que esse prêmio de “literatura” é mais dirigido para escritores “ligadíssimos” às esquerdas do mundo inteiro. No Brasil, embora sejam tantos os nossos “esquerdinhas”, nem um até hoje conseguiu.
Quando na ativa, eu gostava mesmo era de voar, voar e voar; de ler “Ordens Técnicas” de aviões, e principalmente a “Quarta Parte” dos Boletins...
Coronel Maciel.



Nenhum comentário: