Perguntaram p’ra mim se
minha mulher não fica “chateada” quando digo que fico olhando garotas por aí.
Eu penso assim: ciúme, como dizem, é o tempero do amor; quem não tem, nem que
seja um pouquinho só, ciúmes do homem ou da mulher amada? Mas que não se deixem
enganar como “Otelo”, o famoso “Mouro de Veneza”, que se deixou enganar pelo
mais filho da puta dos “amigos”, um tal de Iago. Outra coisa: por que só os “homens”
podem ficar “olhando” as mulheres lindas que desfilam por aí, e as “mulheres”
não, para esses “gostosões”, que, de tanto malhar, ficam parecendo azeitonas
enfiadas com dois palitos, fazendo papel de pernas? É, ou, não é?
Estou brincando; vamos
falar de coisas sérias. “Conheci” o meu amigo Gabriel García Márquez no dia em
que comecei a ler seu mais didático, sensual e emocionante livro! Um livro de
poucas páginas, como os que eu gosto de ler: “Memórias de Minhas Putas
Tristes”. Que livro bom! Principalmente para quem já está nas “últimas”, como
eu, pois relata a história de um velho, também “gagá”. Um velho que sempre foi um medíocre na vida. A
história de um velho que, no dia dos seus “90 anos”, pede a uma cafetina que
lhe arranje uma “menina que fosse jovem e virgem”, para passar a noite do seu
solitário aniversário. Daí em diante sua vida mudou. Descobre então duas coisas
que se encontram, que perseguem e que atormentam uma grande maioria dos homens:
-- a impotência e o encontro com um grande amor! Foi o único livro que eu tive
paciência de ler desse escritor latino americano, que dizem que era comunista
nato, laureado com um “Nobel” de literatura. Mas não o recomendo a nenhum desses
“carolas” que frequentam essas santa e amada igrejas, que pululam por aí.
Não sei quando os
suecos vão escolher um brasileiro para receber tão cobiçado prêmio. Comecei a
gostar realmente de ler quando fui para a Santa Reserva, e depois de também “conhecer”
o Jorge Luís Borges, para mim, um dos melhores do mundo. Dizem que Borges
queria, mas não conseguiu, receber tão cobiçado prêmio. Sempre me pareceu que
esse prêmio de “literatura” é mais dirigido para escritores “ligadíssimos” às esquerdas
do mundo inteiro. No Brasil, embora sejam tantos os nossos “esquerdinhas”, nem
um até hoje conseguiu.
Quando na ativa, eu
gostava mesmo era de voar, voar e voar; de ler “Ordens Técnicas” de aviões, e
principalmente a “Quarta Parte” dos Boletins...
Coronel Maciel.
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