“J’accuse”.
Sempre senti uma
contínua, uma, digamos, irresistível necessidade de gritar bem alto aquilo que
penso, mesmo quando sinto ser o único a pensar assim; mas hoje, relendo o caso “Jean
Calas”, torturado e morto em 1762, aos 63 anos, apesar de todos os esforços de
Voltaire para provar sua inocência; e relendo o caso do Capitão Alfred Dreyfus,
judeu, condenado à prisão perpétua e exilado para a Ilha do Diabo, na Guiana
Francesa. A imprensa antissemita na época, final do século dezenove, manobrava
os fatos -- igualzinha e maldita como essa nossa -- incitando a população ao
erro. Resumindo o caso: “Émile Zola” escreveu uma carta aberta direcionada ao
então presidente francês Felix Fauré, intitulada “J’accuse”. Zola foi sentenciado
à prisão por injúria ao governo, mas conseguiu fugir para a Inglaterra. Em
1906, o Tribunal de Apelação anistiou Dreyfus e lhe concedeu a Legião de Honra.
Zola arriscou a vida em defesa de um inocente, ou melhor: Zola não defendeu
apenas um inocente; Zola lavou a honra da humanidade! Faço esse arrodeio todo
para dizer o quanto eu errei ao acusar, sem me aprofundar no assunto, e
principalmente ao ler os comentários do meu texto no FACEBOOK me alertando
melhor. Errei, e peço desculpas ao Senador, e continuarei lutando para que essa
imprensa maldita e totalmente dominada pelos comunistas, não transforme um
inocente, num outro Dreyfus, ou, pior, num “Jean Calas”.
Coronel Maciel.
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