Coisa parecida com essas eternas brigas entre pretos com
brancos lá nos “States”, aconteceu nos meus tempos de criança, lá no “Colégio
Santa Terezinha”, Escolinha de uma sala só, pertinho lá de casa, no meu Belém
do Pará, onde estudavam, entre outros, um criolinho, desse bem pretinho, de
cabelinhos bem encaracolados (vou logo avisando que eu também sou preto), que
vivia “brigando” com uma menina, a Francinete, dessas bem branquinhas, com
pintinhas pretas no rosto, danada como ela só. Um dia, eu me lembro “como se
fosse hoje”, ele grita, bem alto, p’ra Francinete, e todo mundo ouvir: -- “Sua
branca aguada! ” – Ela: “É melhor ser branca aguada do que preto com tu...”.
Até hoje eu me rio do caso. Um “Sub Velho”, amigo meu, que foi da Banda de
Música da BANT, quando recepcionava com furiosos dobrados os Aspirantes
Aviadores que chegavam do Rio, num C-54, para o curso aqui em Natal, ficou “besta
de ver” que entre eles havia um que era preto, desses bem pretos mesmo. Hoje presenciei um casal de turistas entrando
num restaurante aqui na orla marítima de Natal; ele, um desses turistas bem
branco, lá das Escandinávias; ela, uma dessas negras lindas, tipo “Bunda de
Tanajura”, toda orgulhosa da sua negritude, com um casal de filhos, tipo “Café
com Leite”, as coisinhas mais lindas do mundo, e fiquei pensando que a única
maneira de acabar com esses problemas raciais no mundo, era a multiplicação dessas
benditas transas entre brancos e negras, aí, pelo mundo à fora.
Coronel Maciel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário