Essa demora da
“Malaysia Airlines” em divulgar a lista completa de passageiros me fez lembrar
de uma vez quando eu fazia a rota Belém-Brasília no meu potente bimotor Dakota
C-47 quando, em chegando em Marabá, uma senhora com um filho no colo me
perguntou que horas chegaríamos “em Manaus”. -- Manaus? – A senhora pegou o
bonde errado, minha senhora! O avião que está indo agora para Manaus é aquele
que estava bem ao lado do nosso, lá em Belém. E agora?
Nem sempre se pode voar
e ser feliz ao mesmo tempo:- - Esse negócio dos Russos, ou seus adeptos,
derrubarem aviões comerciais não é de hoje. Eles são “contumaz em faltas dessa
natureza”, refrão muito ouvido nas quarta partes dos boletins diários.
Em setembro de 1983 um Boeing 747 da
Korean Airlines, que voava de Nova York para Seul, fazendo a rota polar, rota
bastante utilizada para voos intercontinentais, quando se pode vislumbrar a
vastidão do Ártico e a beleza das auroras boreais. Aconteceu que a tripulação, após um pouso
técnico em Anchorage, no Alaska, deveria engajar no piloto automático o modo
INS (Inertial Navigation System), que faria o avião seguir uma rota de Círculo
Máximo (Ortodrômica) para Seul. Mas os coreanos colocaram a aeronave para voar
no modo HDG (Heading = proa), que fez a aeronave manter uma proa magnética constante
de 245 graus, o que fez o avião desviar o curso do voo para a direita,
desviando-se cada vez mais da rota desejada, passando a sobrevoar,
inadvertidamente, a inóspita, mas altamente protegida Península de Kamchatka,
território soviético repleto de instalações militares estratégicas, pela sua
proximidade com a América do Norte.
Encurtando a história:-
- Os radares soviéticos de Kamchatka não demoraram a detectar o 747 da Korean,
e interpretaram o eco como sendo um RC-135 americano, potencialmente hostil. Os russos soaram o alarme, ativando unidades
de caça, que interceptaram o “inocente 747”, com 269 pessoas a bordo, e o
derrubaram. O incidente aumentou perigosamente as relações entre os americanos
e os soviéticos, na época da chamada guerra fria. “Crime internacional” que
acabou não dando em nada. Só depois do caso acontecer foi que o Presidente
Reagan decidiu disponibilizar o sistema
de navegação por satélites GPS – (Global Positioning System) para aeronaves
civis, o que poderia ter evitado o erro
de navegação que acabou provocando o abate do 747 da KAL.
Esse caso acontecido
agora com o B-777 da Malásia também não vai dar em nada. Só sofrimento para os
familiares das vítimas, como tantos outros acontecidos recentemente. As vítimas sofrem só alguns minutos, ou
segundos, antes de morrer. Assim aconteceu, acontece e infelizmente continuarão
acontecendo. A “bruxa”, que é cega, não
escolhe lugar nem hora.
Eu admiro muito os
americanos; a melhor e maior Força Aérea do mundo; a nação mais rica e poderosa
do mundo e outras coisas e coisa e tal. Mas eles não me enganam; muito menos o
Barack Obama, o amigão do Lula! Ajudaram os nossos generais a combater os
comunistas, para logo em seguida ajudarem a derrubar os mesmos generais,
ajudando a implantar esse comunismo que ora nos devora.
Enganam-se os que pensam que os americanos
estão “preocupadíssimos” com o que está acontecendo com os habitantes da
Ucrânia, acostumados a sofrer desde os tempos da Rússia Stalinista. O que os nossos queridos “irmãos do norte”
querem mesmo é que a Ucrânia saia da órbita dos russos, e passem a fazer parte
da órbita dos americanos, para depois implantarem imensas Bases Aéreas, bem no
calcanhar dos Russos.
É a eterna luta entre o
mar e o rochedo, onde quem sempre sai perdendo são os burros dos caranguejos,
que só sabem andar pra trás, ou no máximo, para os lados... rsrsr.
Coronel Maciel.
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