quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Quem não deve, não teme!

Não sou, nunca fui, nem nunca serei gorilão, torturador, cruel assassino ou tantos outros adjetivos pouco qualificativos com que a tal Comissão de Verdade costuma nos ofender, e que hoje apresenta seu relatório final, enumerando as supostas “barbáries” por nós cometidas.  Nunca fui do efetivo dos “DOI-CODIS”, nem dos “Porões da Ditadura”. Não porque eu seja bonzinho ou anjinho; não! -- Nunca fui tão somente porque nunca fui convidado, como tantos outros que lutaram e que deram  sangue, suas vidas, seus filhos, suas famílias naqueles idos de 64, e durante o tempo que durou a nossa pálida ditadura. Gorilas, torturadores, quadradões que só erraram quando resolveram abandonar a “linha dura”, deixando de ser “Ditadura” para ser a pálida e covarde “Ditamole”, que deixou escapar todos esses ratos, ratinhas e ratões que hoje comem do queijo e bebem do leite dos nossos filhos.  
Enquanto outros lutavam para salvar o Brasil das garras  comunistas, eu e muitos outros lutávamos na floresta Amazônica, construindo aeroportos; levando esperanças nas asas dos nossos aviões para os milhares e milhares de brasileiros ribeirinhos esquecidos por entre aqueles enormes rios, riachos e igarapés que serpenteiam aquele imenso “Inferno Verde”. Luta que só aqueles que por ali lutaram, e ainda lutam, sabem o valor de vitórias e derrotas!
Não são os “militares torturadores” que hoje esperam ser perdoados. Não! – Os que hoje merecem ser perdoados são os milhões de brasileiros que tanto em nós confiaram, e que por nós foram enganados e abandonados! – Nós que -- traidores de suas esperanças -- entregamos o “ouro” a esses bandidos que tanto nos envergonham.
Quantos milhões foram gastos, dona Dilma ”Yousseff” para comprar os votos dos deputados e senadores que aprovaram suas safadezas fiscais, hein? -- Quantos bilhões de dólares o Brasil vai ter que desembolsar para pagar os investidores que foram enganados na bolsa de valores de Nova York, pelas mentirosas ações da Petrobrás, hein, dona Dilma Santinha de Pau Oco? – Vá se catar dona dos meus desencantos!
 Não será agora quando está “na corda bamba”, que a senhora vai querer “nos perdoar” e pedir ajuda aos “torturadores militares”. -- Não! Nós não precisamos de perdão. Precisamos ser respeitados; não somente nós, mas todos os brasileiros. -- Nós, que somos o braço forte, armado e amigo de todo o povo brasileiro!
Coronel Maciel.




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