A expressão “Tudo como
dantes no quartel de Abrantes” significa que nada mudou. “Serviço sem alteração”.
Expressão que vem desde os tempos quando Napoleão consolidou seu poder e tratou
da conquista territorial da Europa. Napoleão ordena a Portugal que feche seus
portos aos navios ingleses (com quem a França estava em guerra). “Don João”
resiste, manobra, negocia, enrola, adia, o que deixa Napoleão “P da Vida”, ordenando
então que um dos seus generais, o Jean Andoche Junot, ataque Portugal. Estamos
em 1807. Uma das primeiras cidades invadidas foi Abrantes, a poucos quilômetros
de Lisboa, na margem do Tejo. A história é longa, e todos nós, cadetes
estudiosos, a estudamos, com os olhos amortecidos de sono, durante nossos
longos anos nas Escolas Militares. Encurtando a história: O general encontrou
Portugal entregue às baratas, pois, na véspera, toda a Corte portuguesa havia
embarcado rumo ao Brasil, às pressas, desorganizada, em 35 navios mercantes e
de guerra, levando a turma toda para estabelecer a capital do Reino português
em suas terras brasileiras, longe do poder napoleônico e mantendo o poder da popular
família Bragança.
O descontentamento dos
portugueses abandonados nas mãos dos franceses foi aumentando, aumentando, e acabou
por livrar Portugal da ocupação. Mas as riquezas das suas igrejas, dos seus
palácios, honras e dignidades foram parar na França. Para trás ficara a
destruição e a desorganização social. Até que, pressionado, Don João voltou,
deixando no Brasil um filho. O resto da história todo mundo conhece, e acabou
com a independência (?) do Brasil.
Mas no quartel de
Abrantes, tudo continuava como dantes, “nas mãos dos militares franceses”. A
quem perguntasse como iam as coisas, a resposta era sempre a mesma: “Esta tudo
como dantes no quartel d’Abrantes”. Até hoje se usa a frase para indicar certas
coisas que nunca mudam.
Faço esse arrodeio todo
para dizer que no Brasil acontece a
mesma coisa. Depois que os generais foram expulsos do poder, o Brasil foi pouco
a pouco virando essa verdadeira zorra, zona, esculhambação, corrupção, um
verdadeiro inferno. Um verdadeiro mar de lama e de sangue. O descontentamento
dos “brasileirinhos” está aumentando, e pedindo a volta dos generais. (-- “Que
Deus nos livre e guarde”.)
Dona Dilma, que pode
ser tudo, menos besta, já largou seus cachorros nas salas e corredores do
Congresso Nacional, oferecendo cargos e mais cargos no segundo e terceiro
escalões do seu desgoverno, na condição
de deputados e senadores, novos ou velhos, deixarem de cutucar a eterna
terrorista, e deixando seus asseclas na
santa paz, e que dirijam seus trabalhos
para outros rumos, como reforma política fiscal e outros bichos, deixando a corrupção
continuar correndo frouxa, isto é :-- “Deixar
tudo como dantes no quartel de Abrantes”...
Coronel Maciel.
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