“Ai que saudades que eu tenho da aurora da minha vida,
da minha infância querida, que os anos
não trazem mais...”
Quando leio, escuto e vejo articulistas de peso, com
mais de mil, dez mil, cem mil “horas de voo”, dizendo as mais “verdadeiras
verdades” nas letras dos grandes jornais, sem nada de nada acontecer, nem o
mais leve arranhão na bunda blindada da “Dama de Vermelho”, é quando fico então
me perguntando: quem somos nós, pálidos militares, gastando nossos últimos
momentos na vã esperança de salvar um pouco da vergonha que nos resta?
Quando vejo violentos vídeos dos “Jihadistas”
decapitando jornalistas franceses, americanos, alemães, fico então me
matutando:- - O que faz esses militantes islâmicos ficarem assim tão, digamos, “desumanos”?
-- Serão eles assassinos cruéis, ou vingadores cheios de razões?
O seria de nós se fosse mostrado ao mundo as mais
violentas mortes que estão acontecendo “aqui, agora”, pelo nosso Brasil
inteiro? – Ora, poderiam eles nos dizer:
-- Vocês não passam de índios botocudos, analfabetos, que se deixam iludir pelo
primeiro discurso de políticos profissionais; vocês não sabem viver,
nem muito menos votar! Merecem mesmo é morrer!
Não sei se algum dos senhores já foi, como eu já fui,
assaltado com um enorme “trezoitão” apontando-lhe a cabeça, humilhado, rendido,
ofendido e sem nada poder fazer, já que a ordem das autoridades é ficar calado,
não olhar, nem reagir. E quando a polícia pega, a justiça vem logo e solta...
Ora, dirão os felizes inquilinos dos palácios
encantados e atapetados de Brasília, que
nunca serão assaltados -- isto não é nada se comparado ao que acontece
diariamente com as tímidas mocinhas das cidades que além de assaltadas são
também estupradas; e o serviço é completo; barba, cabelo e bigode:- - Vá
arriando as calcinhas, não grite, aguente firme, se não quiser morrer...
“Vocês vão sentir muitas saudades nossas...” – disse
“Figueiredo”, ao ser expulso do seu suado cavalo baio.
Coronel Maciel.
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