E todos por um! Os “Controladores
de Voo” que recentemente foram expulsos da FAB, só foram expulsos porque os
outros “todos”, na hora do “pega pra capar” pularam pra fora do “pinico”! E assim
da mesma forma serão expulsos esses “setecentos e tantos PM’s” que honraram
suas palavras, em Vitória do Espírito Santo. Serão também expulsos, para servir
de exemplo e para o bem da disciplina!
Não estou aqui para
defender “motins”, nem revoltas nos quartéis. Os nossos Estatutos são claros,
curtos e grossos:-- “Não mije fora do pinico!”. Ora, baseados nesses “Estatutos”, os fora da
lei; esses corruptos que hoje nos “governam”, podem fazer de tudo um muito: --
Mijar fora do pinico, fazer as maiores “cagadas”, praticar todos os crimes,
todos os roubos, todas as falcatruas, todas grandes bandalheiras, sem que nada
possa lhes acontecer, e tudo para garantir a tal “governabilidade”. A não ser quando os “Generais” resolvam pôr os
“trens nos trilhos”, como em 64. Assim mesmo eles sabem que um dia voltarão,
como hoje, quando todos voltaram, e todos hoje muito bem remunerados, indenizados,
e muito bem posicionados. “Soldados
promovidos à generais” ...
Daí o porquê de eu ser
um eterno individualista. Só sigo o que meu coração mandar, sempre fazendo o
contrário daquilo que me mandam fazer. E sem nunca ferir os direitos de
ninguém! Foi assim quando resolvi escrever um artigo, publicado em letras
garrafais na primeira página do “Jornal do Brasil”, de um domingo. E como o “Sarney”
não gostou das verdades que eu lhe disse, mandou me prender por quinze dias “sem
fazer serviço”, cortando minhas asinhas na FAB. Fiz tudo sozinho, sem ajuda ninguém!
O mais engraçado de
tudo foi quando uma “autoridade” foi me “investigar” na prisão, querendo saber
quais os autores do “artigo”, pois todos achavam que eu não passava de um “boi
de piranha”. Fiquei “puto da vida”, e, “fudido, fudido e meio”, disse para a
autoridade deixar de ser “sacana”, pois eu sabia que a pasta preta que ele
conduzia era um besta de um gravador; mandai então que ele abrisse a “caixa
preta”, que eu iria dizer todas as verdades acontecidas, depois que os novos “Comandantes”
assumiram a FAB, acabada a “Revolução”. Apresso-me a dizer que eu nunca me meti
em política, nem nunca peguei nenhuma “boca rica” no exterior, tudo “por minha
culpa, minha máxima culpa!”. A tal autoridade, depois de ouvir tudo o que eu
quis dizer, retirou-se, dizendo que não tinha mais nada a fazer, nem a me
perguntar, e que estava satisfeito com o teor das minhas declarações.
Coronel Maciel.
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