Desde criancinha eu
sempre me perguntava; e perguntava também à minha inesquecível mãezinha, que
morreu, coitadinha, quando ainda nos meus sete anos, atacada pela tuberculose,
traiçoeira, depois de me dar sete irmãs e um irmão; por que alguns, eu perguntava,
já nascem com tanta fé, fé que vai crescendo à medida que vão crescendo; e
outros, como eu, que em mim foi decrescendo. Mas até hoje, leitor assíduo que
sou de todas religiões, sempre na busca da fé, ou, quem sabe, na ilusão
perdida, me pergunto: será que ainda me resta tempo, tempo suficiente e capaz
me salvar? Não sei. Assim como não sei e acho que ninguém sabe como tudo
aconteceu; quem criou isso tudo; se foi “Deus”, ou outra entidade tão poderosa
qualquer; acho que nunca ninguém saberá; talvez, quem sabe, alguma habitante de
algum outro planeta, desses milhões de outros que continuam girando por aí, e
em tantas outras galáxias. Penso assim: “Einstein” e outros grandes cientistas
conseguiram “quebrar” o átomo de hidrogênio, o mais simples de todos os átomos,
construindo a mais poderosa e destruidora de todas bombas; mas nunca ninguém
vai conseguir fazer um simples átomo de hidrogênio. Penso também assim, agora
botando “lenha na fogueira”; como é que pode, ó Virgem Santa Senhora de Nazaré,
que tantos brasileiros ainda continuem acreditando num cara que acaba de mudar
da sua querida e ensanguentada bandeira vermelha pra nossa verde esperança;
que, como aquela Deusa da antiguidade que via o bem; acreditava no bem, mas
seguia o mal; num partido que, vendo o bem; acreditando no bem, só nos fez e
faz sofrer tanto mal.
Coronel Maciel.
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