Eu sou apenas um rapaz
Latino - Americano/Sem dinheiro no banco/ Sem parentes importantes/ E vindo do interior...
-- como bem dizia o Belchior. -- E eu? –
Eu sou também apenas coronel latino-americano, sem dinheiro no banco, mas muito
metido, muito metido mesmo a querer consertar esse Brasil, tão grande, tão
amado e tão traído.
Logo que cruzei os saudosos portões da Escola
Preparatória de Cadetes do Ar, menino ainda com os meus sonhadores 16 anos,
foram logo me dizendo que a vida militar era um grande sacerdócio, e que
ninguém “entrasse aqui pensando em ser rico”... Hoje, “velha águia hangarada”,
olha pra trás e digo: “Começaria tudo outra vez, se possível fosse, meu amor...”.
Mas deixemos essas
coisinhas tolas do passado, e vamos dar um grande mergulho neste tão cruel
presente e que tanto preocupa o futuro dos nossos filhos: um Brasil governado
por mãos inábeis, perigosas, corruptas, ineficientes.
Crises e instabilidades
políticas no Brasil, e por tabela em toda América Latina, são provocadas pelas
constantes ameaças de infiltrações comunistas, que desagradam os militares e a
parte mais conservadora da sociedade civil. Os governantes americanos sempre se
mostraram ambíguos, ambivalentes no enfrentar, ou mesmo no compreender estas
constantes situações, que afetam -- como agora estão perigosamente afetando --
o bom relacionamento entre os nossos vizinhos países.
A sociedade civil dos
EUA, acostumada a viver na mais plena democracia, não consegue entender essas
nossas constantes interrupções democráticas. Imaginam os americanos, e com
muita razão, que a democracia é o melhor remédio para se combater o comunismo.
Principalmente o comunismo sanguinário, cheio de fuzis e “paredóns”, como o que
acontece em Cuba, e que ameaça lançar seus afiados dentes por toda América Latina,
intermediados por Lulas, Dilmas, Hugos, Lugos, Kircheners, Evos Morales e
tantos outros filhotes e amantes espirituais do barbudo e sanguinário Fidel Castro.
Já do ponto de vista
dos “generais” e dos presidentes dos EUA, os governos decorrentes destas
interrupções democráticas, os chamados “golpes”, seriam muito mais úteis, muito
mais eficazes no combate ao comunismo. E passam então a incentivar tais
“golpes”, como aconteceu no Brasil, em 64, e em outros países, como a
Argentina, e o Chile. Acontece então um fato curioso: num primeiro momento, os
governantes americanos se mostram contrários a qualquer interrupção desses
processos democráticos, para logo em seguida se mostrarem favoráveis aos
chamados “golpes”. Mas, passado algum
tempo, voltam a incentivar o retorno dos “civis” ao governo, para o
estabelecimento de um novo processo democrático, o que vem a ser um novo
“engodo”, uma nova mentira, como aconteceu com o Brasil, agora nas mãos desses
pilantras do PT.
E assim, a democracia
nesses nossos pobres países tropicais vive num eterno vai-e-vem, num eterno “ziguezague”
entre os regimes conservadores de direita, logo apelidados de “ditadura”, e os
regimes comuno-demagógicos de esquerda, logo apelidados de “democracia”...
Mas às vezes eu fico
pensando, cá com os meus botões, quem me dera ter nascido um desses petralhas
que roubam, roubam, roubam; matam, matam, matam e nada lhes acontece; sempre
longe, muito longe do alcance das leis; ricos, condecorados, paparicados, e
cheios de medalhas...
-- Deus que me livre...
-- Melhor merecê-las sem as ter, que possuí-las sem as merecer, como dizia o
velho Camões... kkkkkkkkkkkkkk.
Coronel Maciel.