sexta-feira, 6 de julho de 2012

Eu sou apenas um coronel Latino - Americano...


Eu sou apenas um rapaz Latino - Americano/Sem dinheiro no banco/ Sem parentes importantes/ E vindo do interior... -- como bem dizia o Belchior. -- E eu?  – Eu sou também apenas coronel latino-americano, sem dinheiro no banco, mas muito metido, muito metido mesmo a querer consertar esse Brasil, tão grande, tão amado e tão traído.

 Logo que cruzei os saudosos portões da Escola Preparatória de Cadetes do Ar, menino ainda com os meus sonhadores 16 anos, foram logo me dizendo que a vida militar era um grande sacerdócio, e que ninguém “entrasse aqui pensando em ser rico”... Hoje, “velha águia hangarada”, olha pra trás e digo: “Começaria tudo outra vez, se possível fosse, meu amor...”.

Mas deixemos essas coisinhas tolas do passado, e vamos dar um grande mergulho neste tão cruel presente e que tanto preocupa o futuro dos nossos filhos: um Brasil governado por mãos inábeis, perigosas, corruptas, ineficientes.  

Crises e instabilidades políticas no Brasil, e por tabela em toda América Latina, são provocadas pelas constantes ameaças de infiltrações comunistas, que desagradam os militares e a parte mais conservadora da sociedade civil. Os governantes americanos sempre se mostraram ambíguos, ambivalentes no enfrentar, ou mesmo no compreender estas constantes situações, que afetam -- como agora estão perigosamente afetando -- o bom relacionamento entre os nossos vizinhos países.

A sociedade civil dos EUA, acostumada a viver na mais plena democracia, não consegue entender essas nossas constantes interrupções democráticas. Imaginam os americanos, e com muita razão, que a democracia é o melhor remédio para se combater o comunismo. Principalmente o comunismo sanguinário, cheio de fuzis e “paredóns”, como o que acontece em Cuba, e que ameaça lançar seus afiados dentes por toda América Latina, intermediados por Lulas, Dilmas, Hugos, Lugos, Kircheners, Evos Morales e tantos outros filhotes e amantes espirituais do barbudo e sanguinário Fidel Castro.

Já do ponto de vista dos “generais” e dos presidentes dos EUA, os governos decorrentes destas interrupções democráticas, os chamados “golpes”, seriam muito mais úteis, muito mais eficazes no combate ao comunismo. E passam então a incentivar tais “golpes”, como aconteceu no Brasil, em 64, e em outros países, como a Argentina, e o Chile. Acontece então um fato curioso: num primeiro momento, os governantes americanos se mostram contrários a qualquer interrupção desses processos democráticos, para logo em seguida se mostrarem favoráveis aos chamados “golpes”.  Mas, passado algum tempo, voltam a incentivar o retorno dos “civis” ao governo, para o estabelecimento de um novo processo democrático, o que vem a ser um novo “engodo”, uma nova mentira, como aconteceu com o Brasil, agora nas mãos desses pilantras do PT.

E assim, a democracia nesses nossos pobres países tropicais vive num eterno vai-e-vem, num eterno “ziguezague” entre os regimes conservadores de direita, logo apelidados de “ditadura”, e os regimes comuno-demagógicos de esquerda, logo apelidados de “democracia”...

Mas às vezes eu fico pensando, cá com os meus botões, quem me dera ter nascido um desses petralhas que roubam, roubam, roubam; matam, matam, matam e nada lhes acontece; sempre longe, muito longe do alcance das leis; ricos, condecorados, paparicados, e cheios de medalhas...

-- Deus que me livre... -- Melhor merecê-las sem as ter, que possuí-las sem as merecer, como dizia o velho Camões... kkkkkkkkkkkkkk.

Coronel Maciel.