sábado, 7 de julho de 2012

NOM MULTA, SED MULTUM...


Hoje o nosso “Velha-Águia” recebe o artigo número duzentos; quase um por dia! E 22.500 visitantes dos mais distantes países! Nasceu num chuvoso dia 14 de julho...  Quase um ano de vida! - São poucos, os visitantes? -- “Nom multa, sed multum” -- Não muitos; mas os melhores! O mesmo lema da minha querida Escola Preparatória de Cadetes do Ar!

Não entendo nada de teatro, mas gosto muito de ler sobre teatro. Nelson Rodrigues e Plínio Marcos são dramaturgos que eu considero da melhor qualidade “Mades in Brazil”. Ambos tinham uma visão das mais contundentes da realidade brasileira.  Ambos são de um pessimismo chocante; de um pessimismo impressionante. Ambos se aproximam; ambos viram a comédia brasileira sob o majestoso ângulo de tragédia.

Nelson escrevia peças míticas, psicológicas; suas “Tragédias Cariocas”; suas “A vida como ele é” analisam profundamente a classe média brasileira – considerada serviçais históricas das classes ditas “superiores”...

Plínio escrevia sobre a ralé; sobre putas e putos; sobre os subúrbios da  marginalidade. Nelson, ao contrário do que muita gente pensa, evitava o palavrão; fazia, sim, suas personagens sofrerem; mas respirava dignidade, transpirava santidade... Inspirava-se em Dostoievski; seu universo não conhecia a fome... Nelson, incompreendido, sempre foi considerado -- com evidente “prazer” de sua parte -- um “tarado”... Mas Nelson era um pernambucano puro, que sempre encareceu a abstinência e a virgindade (sábio é o casto, dizia ele...). Já o grande Plínio desprezava a dignidade, e se “lixava e cagava” para santidades; para falsos moralismos. Suas obras estão cheias dos mais “precisos e preciosos” palavrões... A fome e a miséria eram constantes nas suas obras; substituíam os valores da burguesia nas obras de Nelson. Ambos são escritores magistrais. Eu os admiro, mas não os recomendo a nenhum carola... a nenhum puritano...

 Alguns dos meus artigos também são assim... Cheios dos mais ditosos e “horríveis” palavrões...  Afastem-se deles, “carolas” do mundo inteiro... rsrsrsr...

E assim o “Velha-Águia” vai voando, voando; corajoso, individualista. Infelizmente sofreu logo no início ataques tão severos de comuno-petralhas revoltados com tantas e das mais contundentes verdades; covardes e anônimos ataques desses pobres coitados que não sabem usar a cabeça e partem para a ignorância -- que fui obrigado a não permitir comentários, a pedido de amigos e familiares, tantos eram os torpes e anônimos ataques sofridos. Os mesmos ataques eram dirigidos aos meus “seguidores”, que logo se tornavam muitos.  

Muito obrigado, amigos e “amados ouvintes”! Um grande e fraternal e forte abraço a todos vocês!

Coronel Maciel.