Hoje o nosso
“Velha-Águia” recebe o artigo número duzentos; quase um por dia! E 22.500 visitantes
dos mais distantes países! Nasceu num chuvoso dia 14 de julho... Quase um ano de vida! - São poucos, os
visitantes? -- “Nom multa, sed multum” -- Não muitos; mas os melhores! O mesmo
lema da minha querida Escola Preparatória de Cadetes do Ar!
Não entendo nada de
teatro, mas gosto muito de ler sobre teatro. Nelson Rodrigues e Plínio Marcos
são dramaturgos que eu considero da melhor qualidade “Mades in Brazil”. Ambos
tinham uma visão das mais contundentes da realidade brasileira. Ambos são de um pessimismo chocante; de um
pessimismo impressionante. Ambos se aproximam; ambos viram a comédia brasileira
sob o majestoso ângulo de tragédia.
Nelson escrevia peças
míticas, psicológicas; suas “Tragédias Cariocas”; suas “A vida como ele é”
analisam profundamente a classe média brasileira – considerada serviçais
históricas das classes ditas “superiores”...
Plínio escrevia sobre a
ralé; sobre putas e putos; sobre os subúrbios da marginalidade. Nelson, ao contrário do que
muita gente pensa, evitava o palavrão; fazia, sim, suas personagens sofrerem;
mas respirava dignidade, transpirava santidade... Inspirava-se em Dostoievski;
seu universo não conhecia a fome... Nelson, incompreendido, sempre foi
considerado -- com evidente “prazer” de sua parte -- um “tarado”... Mas Nelson
era um pernambucano puro, que sempre encareceu a abstinência e a virgindade
(sábio é o casto, dizia ele...). Já o grande Plínio desprezava a dignidade, e
se “lixava e cagava” para santidades; para falsos moralismos. Suas obras estão
cheias dos mais “precisos e preciosos” palavrões... A fome e a miséria eram
constantes nas suas obras; substituíam os valores da burguesia nas obras de
Nelson. Ambos são escritores magistrais. Eu os admiro, mas não os recomendo a
nenhum carola... a nenhum puritano...
Alguns dos meus artigos também são assim...
Cheios dos mais ditosos e “horríveis” palavrões... Afastem-se deles, “carolas” do mundo inteiro...
rsrsrsr...
E assim o “Velha-Águia”
vai voando, voando; corajoso, individualista. Infelizmente sofreu logo no início
ataques tão severos de comuno-petralhas revoltados com tantas e das mais contundentes
verdades; covardes e anônimos ataques desses pobres coitados que não sabem usar
a cabeça e partem para a ignorância -- que fui obrigado a não permitir
comentários, a pedido de amigos e familiares, tantos eram os torpes e anônimos ataques
sofridos. Os mesmos ataques eram dirigidos aos meus “seguidores”, que logo se
tornavam muitos.
Muito obrigado, amigos
e “amados ouvintes”! Um grande e fraternal e forte abraço a todos vocês!
Coronel Maciel.