Mas não façam o que eu faço! Fiz as maiores “Leãozadas”
durante meus saudosos tempos na minha querida Força Aérea Brasileira! Tanto
assim que sempre entrava no “Quadro de Acesso” por Antiguidade, mas recorria e
ganhei todas! Nas minhas mais de dez mil horas de voo, o que é pouco na Aviação
Civil, mas muito na Aviação Militar, nunca dei o mais leve arranhão nos meus
queridos aviões. Sempre os tratei, como se deve tratar todas as mulheres do
mundo: -- Com muito amore e carinho, além de muita finesse...
Vou lhes contar um dos meus mais “belos causos” na FAB. Era um daqueles lindos sábados em Barbacena, e
estava previsto uma conferência com três professores franceses, que se
encontravam no Aeroporto de Congonhas. Decolamos, eu e o nosso saudoso Tenente
Tomé, num “Beech-Mata-Sete”. Logo após a decolagem, monomotor. Voltei correndo
para comunicar o “imprevisto” ao Brigadeiro Camarão que, me chamando para um “particular”,
perguntou se eu “poderia” ir buscá-los no único “arremedo” de avião disponível.
Um “Regente”. Aceitei na hora a “Mensagem à Garcia”, alertando o Brigadeiro que
Congonhas se achava fechado para “Operações Visuais”. Ele me olhou, sorriu e
disse:-- Pouso livre, “Fura-Bolo”; só quero que você me traga eles aqui.
Ora, assim autorizado, estava como eu gosto! Pousei em
Congonhas, para surpresa de todos e felicidade geral para os franceses, pois
Congonhas continuava “Fechado para Operação Visual”. Ao preencher o Plano de Voo,
fui informado que estava proibido, “por ordem das mais superiores”, de decolar.
Ora, com os “Franceses” já à bordo, não tive dúvidas, nem alternativas; preenchi
o Plano, informando que cumpria “Operação Militar”! É bom lembrar que estávamos
nos bons tempos da “Ditadura” ...
Encurtando a história: cheguei em BQ “são e salvo”, bem na hora
do início da conferência. Relatei tudo ao Brigadeiro, informando-lhe o óbvio:
-- “Vem bronca por aí”. Recebi um baita de um “Deveis Informar” das autoridades
responsáveis pelo bom andamento do “Tráfego Aéreo”, mas como era de se esperar,
o Camarão jamais iria me deixar na mão. E agora estou aqui são e salvo, deitado
em minha rede, sem nunca esquecer de dizer aos “mais novinhos”:-- Façam o que
eu digo, mas não façam o que eu faço” ... kkkkkkkkkkkk
Coronel Maciel (Aluno 57-67 Maciel JA, da 1ª Esquadrilha!)
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