domingo, 18 de dezembro de 2016

Quebrando Recordes!



A “Ditadura” continua quebrando “Récordes”! Hidrelétrica de Itaipu! Ponte “Rio-Niterói”! “COMARA”! Quantos aeroportos construídos na Região Amazônica! “EMBRAER”! E tantos e tantos outros grandes empreendimentos! – “A Tarefa é ingente! Os obstáculos, grandes! E o tempo é curto!” -- dizia “Castelo Branco”! E tudo feito sem corrupção! E tudo feito sem esculhambação! Médici era aplaudido no Maracanã! Tão diferente de hoje quando “presidentes” fogem, com medo de vaias!
Mas, vamos deixar de “saudosismos”, a falar dos nossos bons tempos na minha querida Força Aérea Brasileira! Foram milhares de horas voadas, sobrevoando a planície imensa, verde, majestosa! Uma vez, lembro muito bem, era um Domingo, vésperas de Natal, pousando numa daquelas pequeninas pistas, tão curtas, quanto estreitas, exigindo pousos muito mais do que perfeitos, evitando que as pontas das asas do meu velho Douglas tocassem, perigosamente, nas enormes castanheiras que margeavam aquelas pistas.
Cortados os motores, liberados os passageiros, havia sempre muito choro: o choro é o costume que os índios têm para demonstrar alegrias pela volta dos seus entes queridos, de volta após tratamentos médicos em Manaus. Mas neste caso específico a choradeira se dava porque, durante o pouso, curtíssimo, o cachorro magro e de estimação do velho “pajé” havia corrido na direção do avião, acabando por ser “atropelado” e morrendo, mesmo após todas as “mandingas” feitas pelo “Pajé” da tribo -- chefe espiritual, às vezes curandeiro, outras vezes feiticeiro -- que não gostou nada do acontecido, pois me olhava muito mal humorado, segurando o seu enorme “tacape”. Foi quando eu percebi que as rodas do avião estavam quase pegando fogo, devido à intensidade dos freios aplicados, para não “varar a pista”. Mandei que o meu “copila” corresse e desse partida nos motores, para que o vento das hélices apagasse a iminência de fogo, o que provocaria o estouro dos pneus. Foi quando, inesperadamente, uma indiazinha que ia viajar, pensando que o avião já ia partir, correu para embarcar, vindo com tudo na direção das hélices em movimento. No susto, eu corri e me joguei agarrado com a menina ao chão, evitando mais um “desastre”. Dessa vez o “pajé” com certeza não iria me “perdoar” ... 
São tantas as histórias; são tantas as coisas, as lendas, os casos, os lindos pernoites que guardo na memória, ocorridos durante aqueles velhos e inesquecíveis tempos sobrevoando o imenso, lindo e inesquecível “Inferno-Verde-Amazônia”.
Coronel Maciel.

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