A “Ditadura” continua
quebrando “Récordes”! Hidrelétrica de Itaipu! Ponte “Rio-Niterói”! “COMARA”! Quantos
aeroportos construídos na Região Amazônica! “EMBRAER”! E tantos e tantos outros
grandes empreendimentos! – “A Tarefa é ingente! Os obstáculos, grandes! E o
tempo é curto!” -- dizia “Castelo Branco”! E tudo feito sem corrupção! E tudo
feito sem esculhambação! Médici era aplaudido no Maracanã! Tão diferente de
hoje quando “presidentes” fogem, com medo de vaias!
Mas, vamos deixar de “saudosismos”,
a falar dos nossos bons tempos na minha querida Força Aérea Brasileira! Foram
milhares de horas voadas, sobrevoando a planície imensa, verde, majestosa! Uma
vez, lembro muito bem, era um Domingo, vésperas de Natal, pousando numa
daquelas pequeninas pistas, tão curtas, quanto estreitas, exigindo pousos muito
mais do que perfeitos, evitando que as pontas das asas do meu velho Douglas tocassem,
perigosamente, nas enormes castanheiras que margeavam aquelas pistas.
Cortados os motores,
liberados os passageiros, havia sempre muito choro: o choro é o costume que os
índios têm para demonstrar alegrias pela volta dos seus entes queridos, de
volta após tratamentos médicos em Manaus. Mas neste caso específico a
choradeira se dava porque, durante o pouso, curtíssimo, o cachorro magro e de
estimação do velho “pajé” havia corrido na direção do avião, acabando por ser
“atropelado” e morrendo, mesmo após todas as “mandingas” feitas pelo “Pajé” da
tribo -- chefe espiritual, às vezes curandeiro, outras vezes feiticeiro -- que
não gostou nada do acontecido, pois me olhava muito mal humorado, segurando o
seu enorme “tacape”. Foi quando eu percebi que as rodas do avião estavam quase
pegando fogo, devido à intensidade dos freios aplicados, para não “varar a
pista”. Mandei que o meu “copila” corresse e desse partida nos motores, para
que o vento das hélices apagasse a iminência de fogo, o que provocaria o
estouro dos pneus. Foi quando, inesperadamente, uma indiazinha que ia viajar,
pensando que o avião já ia partir, correu para embarcar, vindo com tudo na
direção das hélices em movimento. No susto, eu corri e me joguei agarrado com a
menina ao chão, evitando mais um “desastre”. Dessa vez o “pajé” com certeza não
iria me “perdoar” ...
São tantas as
histórias; são tantas as coisas, as lendas, os casos, os lindos pernoites que
guardo na memória, ocorridos durante aqueles velhos e inesquecíveis tempos
sobrevoando o imenso, lindo e inesquecível “Inferno-Verde-Amazônia”.
Coronel Maciel.
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