terça-feira, 3 de julho de 2018

Brasil x Uruguai.


Brasil X Uruguai.
Hoje, não entendo nada de futebol; mas quando criança, lá em Belém do Pará, minha linda cidade morena, eu gostava mesmo era de jogar “no ataque”, feito Ademir, o Queixada, com bola de meias de seda roubadas das minhas irmãs; o “Estádio” era o meio rua, minha inesquecível rua de terra batida e postes de ferro no meio, situada bem na reta final para pouso dos aviões da época, com seus trens “baixado e travados” no Aeroporto Internacional de “Val-de-Cans”, quando  ficava olhando e sonhando em algum dia “empinar” um daqueles enormes papagaios de ferro, que passavam quase roçando as linhas enceradas dos nossos papagaios de papel. Não deu outra; fui parar lá na minha querida Escola Preparatória de Cadetes do Ar, um dos ninhos das águias brasileiras! Mas arrisco um palpite: uma final com o Uruguai, repeteco daquele triste final de “50”, quando o Brasil perdeu; eu tinha apenas dez anos, mas me lembro muito bem: eles levaram um gol, e precisavam de mais dois para ficar com “Jules Rimet”. Os uruguaios não se abateram; empataram, e no finalzinho, fizeram dois a um. Eram mais de “200 mil” no Maracanã; o maior estádio do mundo virou um enorme velório. Dizem que teve gente suicidando-se, se jogando do alto das arquibancadas. Não sei.
Coronel Maciel.

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