Brasil X Uruguai.
Hoje, não entendo nada
de futebol; mas quando criança, lá em Belém do Pará, minha linda cidade morena,
eu gostava mesmo era de jogar “no ataque”, feito Ademir, o Queixada, com bola
de meias de seda roubadas das minhas irmãs; o “Estádio” era o meio rua, minha inesquecível
rua de terra batida e postes de ferro no meio, situada bem na reta final para
pouso dos aviões da época, com seus trens “baixado e travados” no Aeroporto Internacional
de “Val-de-Cans”, quando ficava olhando
e sonhando em algum dia “empinar” um daqueles enormes papagaios de
ferro, que passavam quase roçando as linhas enceradas dos nossos papagaios de
papel. Não deu outra; fui parar lá na minha querida Escola Preparatória de Cadetes
do Ar, um dos ninhos das águias brasileiras! Mas arrisco um palpite: uma final
com o Uruguai, repeteco daquele triste final de “50”, quando o Brasil perdeu; eu
tinha apenas dez anos, mas me lembro muito bem: eles levaram um gol, e precisavam
de mais dois para ficar com “Jules Rimet”. Os uruguaios não se abateram;
empataram, e no finalzinho, fizeram dois a um. Eram mais de “200 mil” no
Maracanã; o maior estádio do mundo virou um enorme velório. Dizem que teve
gente suicidando-se, se jogando do alto das arquibancadas. Não sei.
Coronel Maciel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário