Há coisa de uns dez ou
doze anos, nem me lembro mais, e faço de tudo pra esquecer, caminhando de manhã
bem cedo pelas ruas do meu bairro, Capim Macio, onde outrora, nos meus tempos
de criança na FAB, havia um “Stand” de tiro para treinamento de B-26 e T-6 da
ERA-21, quando, ao me deparar com uma poça d’água, bati asas e voei; ao pousar,
senti uma forte fisgada, parecendo uma facada na barriga. Voltei pra casa,
caminhando lentamente, sentindo fortes dores, e me deitei na minha velha rede
branca; covarde como sou, não falei nada, fiquei na minha, com medo do pior;
mas, depois de dois longos dias, e como as dores não passavam, fui procurar
socorro na nossa antiga Base Aérea de Natal; e, após não sei quantos mil exames,
fui aconselhado a procurar o HFAG, no Rio, lugar onde se costuma morrer melhor
na FAB. Recusei mui educadamente o convite, dizendo para o major comandante do
Esquadrão de Saúde, que o “problema não é o avião, e sim a tripulação; a
tripulação sendo boa tanto faz ser atendido em Juiz de Fora, ou no “Albert Einstein”.
Depois assinar um protocolo liberando a Base de qualquer problema com minha
barriga, fui procurar socorro no “SUS”, pois “no particular” ia sair muito
caro; muito além das minhas “possibilidades”. Finalizando, pois o meu tempo é
curto, fui muito bem-sucedido, quando retiraram mais de um palmo da alça ascendente
do meu intestino grosso; e depois de três ou quatro dias, voltei pra casa são e
salvo. Felizmente não era câncer, como pensavam. Faço esse arrodeio todo
pensando no Bolsonaro, coitado, que não sabe quando vai voltar pra casa. E
ainda tem gente que acha que “nós” somos rigorosos até demais com esses caras
do PT e seus asseclas. Não sei e sei o que pode acontecer se o Bolsonaro não
voltar mais pra casa...
Coronel Maciel.
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