Mudando de pau pra
cacete: -- mas não posso deixar de bater palmas para o nosso Blog “Velha-Águia”
com seus 548 artigos, quase um por dia; com assíduos visitantes dos mais
distantes países, aquele que nasceu num chuvoso dia 14 de julho. Um pouco mais de dois anos de vida. Não
chegam a 100 mil os que já nos visitaram. Nada, se comparado aos milhões de visitantes
dos melhores Blog’s do Brasil e do mundo! -- “Nom
multa, sed multum” -- Não muitos; mas os melhores! O mesmo lema da minha
querida Escola Preparatória de Cadetes do Ar! Na brincadeira nós costumávamos dizer:-
“Não multes, para não seres multado!”.
Não entendo nada de
teatro, mas gosto muito de ler sobre teatro. Nelson Rodrigues e Plínio Marcos
são os dramaturgos que eu considero da
melhor qualidade “Made in Brazil”. Ambos tinham uma visão das mais contundentes
da realidade brasileira. Ambos são de um
pessimismo chocante; de um pessimismo impressionante. Ambos se aproximam; ambos
viram a comédia brasileira sob o majestoso ângulo de tragédia.
Nelson escrevia peças
míticas, psicológicas; suas “Tragédias Cariocas”; suas “A vida como ele é”
analisam profundamente a classe média brasileira – considerada serviçais
históricas das classes ditas “superiores”.
Plínio escrevia sobre a
ralé; sobre putas e putos; sobre os subúrbios da marginalidade. Nelson, ao
contrário do que muita gente pensa, evitava o palavrão; fazia, sim, suas
personagens sofrerem; mas respirava dignidade, transpirava santidade.
Inspirava-se em Dostoievski; seu universo não conhecia a fome. Nelson, incompreendido,
sempre foi considerado -- com evidente “prazer” de sua parte -- um “tarado”. Mas Nelson era um pernambucano puro, que
sempre encareceu a abstinência e a virgindade (sábio é o casto, dizia ele.). Já
o grande Plínio desprezava a dignidade, e se “lixava e cagava” para santidades;
para falsos moralismos. Suas obras estão cheias dos mais “precisos e preciosos”
palavrões. A fome e a miséria eram constantes nas suas obras; substituíam os
valores da burguesia nas obras de Nelson. Ambos são escritores magistrais. Eu
os admiro, mas não os recomendo a nenhum carola; a nenhum puritano. Alguns dos meus
artigos também são assim. Cheios dos mais ditosos e horríveis palavrões de
baixos calões. Afastem-se deles,
“carolas” do mundo inteiro.
E assim o nosso “Velha-Águia”
vai voando, voando; corajoso, individualista, sempre lutando por um Brasil
melhor! Infelizmente sofreu logo no
início ataques tão severos de comuno-petralhas revoltados com tantas e das mais
contundentes verdades; covardes e anônimos ataques desses pobres coitados que
não sabem usar a cabeça e partem para a ignorância – tanto que, no início, fui
obrigado a não permitir comentários, a pedido de amigos e familiares, tantos
eram os torpes e anônimos ataques sofridos. Os mesmos ataques eram dirigidos
aos meus “seguidores”.
Vou ficando por aqui;
que Deus do céu me ajude...
Coronel Maciel.
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