sexta-feira, 11 de abril de 2014

De pau, pra cacete!


Mudando de pau pra cacete: -- mas não posso deixar de bater palmas para o nosso Blog “Velha-Águia” com seus 548 artigos, quase um por dia; com assíduos visitantes dos mais distantes países, aquele que nasceu num chuvoso dia 14 de julho.  Um pouco mais de dois anos de vida. Não chegam a 100 mil os que já nos visitaram. Nada, se comparado aos milhões de visitantes dos melhores Blog’s do Brasil e do mundo!   -- “Nom multa, sed multum” -- Não muitos; mas os melhores! O mesmo lema da minha querida Escola Preparatória de Cadetes do Ar! Na brincadeira nós costumávamos dizer:- “Não multes, para não seres multado!”.

Não entendo nada de teatro, mas gosto muito de ler sobre teatro. Nelson Rodrigues e Plínio Marcos são os  dramaturgos que eu considero da melhor qualidade “Made in Brazil”. Ambos tinham uma visão das mais contundentes da realidade brasileira.  Ambos são de um pessimismo chocante; de um pessimismo impressionante. Ambos se aproximam; ambos viram a comédia brasileira sob o majestoso ângulo de tragédia.

Nelson escrevia peças míticas, psicológicas; suas “Tragédias Cariocas”; suas “A vida como ele é” analisam profundamente a classe média brasileira – considerada serviçais históricas das classes ditas “superiores”.

Plínio escrevia sobre a ralé; sobre putas e putos; sobre os subúrbios da marginalidade. Nelson, ao contrário do que muita gente pensa, evitava o palavrão; fazia, sim, suas personagens sofrerem; mas respirava dignidade, transpirava santidade. Inspirava-se em Dostoievski; seu universo não conhecia a fome. Nelson, incompreendido, sempre foi considerado -- com evidente “prazer” de sua parte -- um “tarado”.  Mas Nelson era um pernambucano puro, que sempre encareceu a abstinência e a virgindade (sábio é o casto, dizia ele.). Já o grande Plínio desprezava a dignidade, e se “lixava e cagava” para santidades; para falsos moralismos. Suas obras estão cheias dos mais “precisos e preciosos” palavrões. A fome e a miséria eram constantes nas suas obras; substituíam os valores da burguesia nas obras de Nelson. Ambos são escritores magistrais. Eu os admiro, mas não os recomendo a nenhum carola; a nenhum puritano. Alguns dos meus artigos também são assim. Cheios dos mais ditosos e horríveis palavrões de baixos calões.  Afastem-se deles, “carolas” do mundo inteiro.

E assim o nosso “Velha-Águia” vai voando, voando; corajoso, individualista, sempre lutando por um Brasil melhor!  Infelizmente sofreu logo no início ataques tão severos de comuno-petralhas revoltados com tantas e das mais contundentes verdades; covardes e anônimos ataques desses pobres coitados que não sabem usar a cabeça e partem para a ignorância – tanto que, no início, fui obrigado a não permitir comentários, a pedido de amigos e familiares, tantos eram os torpes e anônimos ataques sofridos. Os mesmos ataques eram dirigidos aos meus “seguidores”.

Vou ficando por aqui; que Deus do céu me ajude...

Coronel Maciel.

  

 

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