Determinadas classes de trabalhadores
conseguem tudo o que querem. Carteiros, bancários, motoristas de ônibus, de
metrôs; dos trens da Central e até essas meninas ditas “desonestas”, que andam
balançando suas bolsinhas pelas ruas, também conseguem tudo e de tudo!
Já outras classes, não e nunca! - Por
exemplo: os professores. Principalmente as nossas sofridas e queridíssimas
“professorinhas”. Essas podem passar meses e mais meses em greve que ninguém liga.
Só os desesperados pais preocupados com o futuro dos filhos. Policiais
militares, muitos deles morrendo feito mosca pelas ruas e do Corpo de Bombeiros,
já estão, ousada e perigosamente, entrando também em greve! É Copa do Mundo que
se aproxima, com seus dias vestidos com seus uniformes “negros e vermelhos”, precursores
dos dias incendiários que estão chegando. Dona Dilma que se cuide. Quem semeia
vento, colhe tempestade!
E os sofridos, mal pagos, humilhados,
ofendidos, derrotados -- mas sempre obedientes e disciplinados militares das
três Forças Armadas, por que não podem também entrar em greve? – Ora, se todos
somos filhos de Deus, e por que não dizer? -- filhos deserdados e abandonados
da dona Dilma? -- Por quê?
Mas pô, diz o meu barbeiro carrancudo:-
- Vocês vivem em greve! – Vocês passam a vida inteira em greve! – “Me” digam,
perguntam-me os milhões de brasileirinhos que nunca serviram a pátria: -- O que
é que vocês fazem dentro desses enormes quartéis, atravancando o trânsito em
todas grandes cidades? - O que é que vocês fazem dentro desses charmosos fortes
nas praias de Copacabana, da Urca, ou bronzeando-se junto das mais belas
morenas nas praias ensolaradas, em vários outros fortes, ao longo do imenso
litoral brasileiro? E pilotando esses badalados aviões supersônicos? E dentro
desses vagarosos submarinos? Desses obsoletos tanques de guerra?
É isso o que muita gente pensa de todos
nós militares. – “Esses caras” não fazem nada, a não ser viver esquecidos nas
longas e distantes fronteiras. Só sabem estudar, estudar e estudar; marchar,
marchar e marchar e fazer bolorentos planos de guerra contra os nossos eternos
inimigos, os coitados dos argentinos. Militares que só aparecem quando acontece
alguma dessas cíclicas e esperadas enchentes, ou quando acontecem dolorosas tragédias
aéreas. -- Pra que então manter esse bando, como diz o Lula, de generais; de coronéis,
sargentos, cabos, soldados, taifeiros, sem nada o que fazer?
É
sempre assim! É somente em certos momentos dolorosos da nossa história que alguém
se lembra de “nóis”. – Como, por exemplo, em 64. A única classe de militares
que realmente preocupa quando “entram em greve” é a dos sargentos controladores
de voo. Greve de controladores de voo quando vem, vem quente! Vem lascando o
cano! Basta um dia parado para que se
estabeleça o caos em todas as aerovias. Caos total. Caos no Brasil inteiro. Se
fossem controladores civis conseguiriam tudo! Mas, em sendo militares, o que conseguem é cadeia;
é pau nas costas; pau na moleira, na mulher, nos filhos, nos netos, nos avós.
O Superior Tribunal Militar manteve
recentemente a condenação de oito militares da FAB acusados do crime de motim,
por terem participado da paralisação ocorrida em março de 2007, e que deixou
nos calços todos os aviões, interditando o espaço aéreo do país e que ficou
conhecido como “apagão aéreo”. Foram
expulsos das fileiras da FAB!
É por isso que eu digo e torno a repetir:-
- Militares nunca mais! Nem balas, nem fuzis, nem canhões. Só lágrimas e ficar rezando
para que alguém tenha piedade de “nós”.
Ó dona Dilma Pasadena, afundadora da
Petrobrás, tende piedade de “nóis”...
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