Sou Baudelaire, sou “Flores
do Mal”, sou aquele viveu uma vida desregrada, sempre na companhia de drogas,
de álcool; aquele sempre acusado de ultrajar a moral pública; aquele que (ainda
bem!) nunca conseguiu ingressar na “Academia Francesa”; aquele que morreu de
sífilis, essa doença francesa.
Sou Baudelaire; sou aquele
que dizia:- - “Embriague-se sempre se não quiseres
sentir o terrível peso do tempo, te maltratando os ombros! -- E se por vezes,
quando nas escadarias de um palácio, ou nas bordas de um vale verdejante; ou na
desolada solidão de um quarto acordas e sentes que a embriaguez se dissipou,
pergunta então que horas são ao vento, às ondas, às estrelas, aos pássaros, ao
relógio; a tudo o que voa, que suspira, que se move, canta, baila! -- E o
vento, a onda, a estrela, o pássaro e o relógio responderão: -- É hora de
embriagar-se! Embriague-se; embriaguem-se todos se não quiserem ser os escravos
martirizados do tempo! Embriaguem-se sem cessar! Com vinho, com poesias, com
vidas, com mulheres, com virtudes... -- Je suis “Charles Baudelaire”!
Coronel Maciel.
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