Nessas horas perigosas
quando mergulhamos cada vez mais fundo na lama da corrupção e dos vícios. Quando
a “Faixa de Gaza” é aqui. Quando policiais continuam morrendo “feito moscas”;
quando o Ministro da Justiça -- preocupado com o destino dos seus criminosos
amigos, agora já bem próximos de irem dar seus últimos suspiros nas “prisões
medievais” -- esquece que para melhorar nossos presídios é preciso primeiro que
o Congresso Nacional seja transformado num presídio de segurança máxima; quando
a nossa querida “Comandante-em-Chefe” está mais do que perdida, sem rumo e sem
saber o que fazer -- é que peço permissão para transcrever esta distante
homenagem que fiz à nossa Bandeira, naqueles saudosos tempos quando éramos
felizes e não sabíamos...
Bandeira Do Brasil!
--- Nós te amamos
quando tremulas, beijada pelos ventos das nossas mais distantes fronteiras;
guarnecendo nossos postos avançados; nos mastros das escolas mais humildes, nos
povoados; nos tapiris das várzeas; nas palhoças das nossas montanhas
verdejantes...
--- Nós te amamos
quando singras os mares bravios nos mastros das nossas belonaves! Quando velejas solitária, calma, esperançosa,
cruzando nossos rios, furos, igarapés!
--- Nós te amamos
quando cruzas o espaço, cada vez mais alta, orgulhosa nas asas das nossas
aeronaves, subindo aos céus qual gigantesco pássaro audacioso soltando na
amplidão suas asas douradas...
--- Mas quando mais te
amamos, ó meu lindo pendão da esperança, é quando hoje no Brasil inteiro
multidões de crianças, jovens e adultos se comovem reverenciando tua austera e
honrada figura sendo imolada na pira simbólica e, tal e qual a ave mitológica
Fênix, que ressurge das próprias cinzas, tu também ressurges, gloriosa, altiva,
altaneira, transfundindo-se na alma do nosso povo, que pede a Deus que
prodigalize a tua imagem e que paires sempre sobre o futuro da nossa pátria
estremecida!
Coronel Maciel