Fechem logo essa porcaria de Senado!
Depois de chamar os senadores de
"ladrões" e "corruptos", o senador Mário Couto, “macho do
culhão roxo” do meu Estado do Pará, voltou nesta quarta-feira à tribuna do
Senado para desafiar os colegas a cassarem o seu mandato: “Se quiserem me
cassar, cassem! -- Gostei, senador! – “Paidégua”, como dizem os paraenses!
Peço desculpas aos meus botões. Eu, que havia
lhes prometido não falar mais em política... Desculpas, meus botões, mas sou
obrigado a perguntar novamente aos ventos: -- Onde estão os nossos generais
combatentes? Os generais “machos dos culhões roxo”, hein? – Sumiram? Não
existem mais? Onde, os filhos legítimos do generalíssimo Marechal Castelo
Branco, hein? -- Não sei; não sei, os ventos me respondem...
Só sei que tem muita gente por aí me
perguntando: -- Coronel? -- Por que os militares patriotas não fecham logo esse
porcaria de Senado? Será por medo de repercussão internacional? Por que as
Forças Armadas não posicionam seus aviões, fragatas, tanques, fuzis e canhões
para a “guerra interna”? Os nossos filhos estão morrendo por aí, nas portas dos
colégios, dentro de suas casas, em todos os lugares, e os militares não fazem
nada? E os coitados dos nossos policiais militares que estão morrendo feito
moscas, sem coragem de reagir, com medo desses tais defensores de “direitos
humanos”, e vocês não fazem nada, hein?
E o Brasil vai indo, vai indo; vai morrendo, vai
morrendo aos pouco nas mãos desses que hoje estão aí mandando e desmandando em
tudo! “Hoje você é quem manda falou tá falado, não tem discussão...”. É o
Brasil entregue às baratas!
Acham de tudo neste Brasil de hoje: – uns, que
não compete às Forças Armadas colocar seus integrantes em cada esquina para
separar brigas de marido e mulher ou de vizinhos ou de traficantes e usuários
de drogas; que isso é tarefa das Polícias. Outros dizendo que as missões das
Forças Armadas estão expressas na Constituição. Outros achando que o povo
brasileiro não pode se dar ao luxo de pagar caro para que os militares fiquem
dentro dos quartéis, treinando para uma hipotética guerra, embolorados em aulas
de uma guerra virtual e distante, deixando a população entregue “às baratas”.
Outros dizendo que as Forças Armadas já voltaram de há muito para dentro dos
quartéis. Outros dizendo que não existe essa história de “volta para os
quartéis” ou “para que militares?”-- mas que também não é possível que eles
fiquem agora “na sombra e água fresca”, assistindo “o circo” pegar fogo e desejando
que tudo “se exploda”. Outros querendo de imediato a nossa volta (que Deus nos
livre...) para evitar o pior...
Uns achando que as verdades mais solenes e
verdadeiras costumam parecer “piadas” neste atual Brasil, tão grande, tão amado
e tão traído... Outros achando que não há mais alternativas para o povo brasileiro,
a não ser “rezar” para que nada lhes aconteça. Outros achando que a corrupção
no Brasil não tem fronteiras, e que por maiores que sejam hoje, as de amanhã
serão maiores...
Só sei que “militares nunca mais”, como disse o
Millôr Fernandez: -- Só fizeram lambanças... Foram incompetentes em tudo... E
além de tudo; além de tudo que fizeram, nenhum deles conseguiu ficar rico... Quanta
incompetência!
(Parece que Millôr Fernandes foi um dos poucos
“intelectuais” que combatiam a “ditadura” que conseguiu manter seus princípios com bastante firmeza,
quando poderia ter aceitado as excelentes condições
oferecidas para deles abdicar.
Estou agora lembrando o Millôr
a propósito da”Bolsa Ditadura” com que foram agraciados:
Ziraldo, Jaguar, Carlos Heitor Cony, Augusto Boal, Luiz Edgard de Andrade,
Tárik de Souza e tantos outros que abdicaram de seus princípios e jogaram
no lixo suas biografias...).
Coronel Maciel.