terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Metendo o ferro no buraco errado...


“Cavalo de Tróia”, o primeiro grande caso de espionagem no mundo. Uma idéia genial: soldados escondidos no ventre de um cavalo de pau, para invadir a casa do inimigo! Sempre existiram profissionais de jogo duplo, a serviços de “inteligência”: CIA, KGB, as principais siglas entre tantas outras organizações poderosas ao redor do mundo. Quem advertiu os americanos de bases de lançamentos de foguetes instalados na ilha de Fidel Castro? O mundo ficou à beira de um conflito atômico: Kennedy versus Kruchev. Quase que o fim de um mundo, seria o fim do mundo. Os russos recuaram, mas exigiram que os americanos jamais tornassem a invadir Cuba; e por isso Fidel até hoje goza nas barbas dos americanos; brinca de mexer com as garras pintadas da enganadora Águia Americana. Dizem até que é uma Águia bichona...

Mata Hari, que quer dizer “Olho do Dia”, era uma linda e gostosíssima adolescente nascida nos Países Baixos disposta a tudo por um casamento com alguém dono de alguma fortuna. “Fisgou” um “Capitão das Índias” em férias, em Haia. Era um solteirão escocês, quarentão. Casaram-se poucos meses após o primeiro encontro; grávida e totalmente encantada com o maridão guerreiro, embarcou e foi morar na ilha colônia de Java. Lá, nasceu seu primeiro filho. Três anos depois nasceu uma menina que, segundo as más línguas, não era do marido. Encurtando a história: Mata Hari, abandonada pelo marido, passa a viver na maior boa vida em Paris. Com danças “exótico-eróticas” faz enlouquecer a Europa toda! Adorava ser cortejada por militares. O serviço de espionagem da França suspeita que ele seja espiã, e propõe-lhe “colaborar”. Passa a brincar de espiã com os espiões franceses e alemães, mas acaba sendo escolhida como “bode expiatório” para a crise que a França atravessava devido a escândalos políticos e às derrotas no “front”. Foi então fuzilada em Paris, num dia de outubro de 1917.

Faço esse arrodeio todo devido a um alerta que me foi dado por uma grande amiga sobre a vinda ao Brasil da blogueira Yoani Sánches. -- Seria ela uma espécie de “Mata Hari”? -- Por que o barbudo assassino, que não refresca ninguém, deu-lhe tanta liberdade, quando tantos outros por muito menos do que ela já fez e disse, foram fuzilados? -- Como pode ela ser única em toda Cuba a poder dizer o que quer em seu blog, num país onde tudo e todos são controlados e amordaçados?

Não sei; não sei. Não sei se a Yoani me enganou, ou se estou metendo o ferro no buraco errado...

Coronel Maciel.