Hoje eu acordei pensando se não teria
sido um grande erro eu ter nascido militar. Se não teria sido bem melhor, muito
melhor se eu tivesse seguido a lucrativa carreira de “terrorista”... -- Ah! -- Com
certeza eu estaria hoje gozando as delícias de estar no topo da lista dos mais
bem sucedidos na vida. De ser um “número um” neste Brasil, tão grande, tão
amado, tão traído, tão cheio de teses, de fezes... -- Não estaria sendo acusado de
torturador, de boçal torturador, como estão ensinando nas escolas, onde estudam
os nossos filhos. Sendo acusado em todos os lugares, por tantos falsos defensores
de direitos humanos.
-- Ah se eu fosse um deles! -- Com
certeza estaria chefiando alguma dessas Comissões de Desaparecidos
Políticos. Chefiando algum Ministério. Estaria distribuindo polpudas
indenizações a inocentes coitados, “brutalmente torturados pelos gorilões
verde-oliva, nos ‘DOI-CODIS’ da vida”... Nos “porões da ditadura” como costumam
nos ofender. Porões aonde na realidade só iam uns pobres coitados apavorados
com a realidade nua e crua das guerras. -- Onde só iam pobres crianças
arrependidas por terem sido manipuladas, traídas, seduzidas pelos líderes
carismáticos muito bem treinados em Cuba. Porões aonde só iam ingênuos
adolescentes criminosamente usados para “buchas de canhão” -- pois as esquerdas
sempre precisaram de “mártires”, de estudantes mártires, úteis à propaganda das
suas causas – Eram uns inocentes úteis, “enfants terribles” que não tinham
consciências do que fosse uma condição de guerra, dos riscos pessoais que uma
guerra acarreta. Viviam sonhos inocentes de adolescentes, entre nuvens de
maconha, drogas marxistas, perfumados charutos cubanos. Amantes espirituais de
Che-Guevara, eles viviam suas fantasiosas ações terroristas, bravuras
inconseqüentes, sacrifícios heróicos, que logo se derretiam, desmoronavam-se ante
o choque com a realidade inexorável das guerras; realidades que lhes eram
sutilmente escondidas, por seus cruéis dominadores. Ensinados, doutrinados a
serem guerrilheiros duros, mas somente quando na frente de civis fracos e
desarmados. Ou de inocentes sentinelas...
Na verdade esses filhinhos de papai;
esses filhos de putinhas nunca foram torturados naqueles lugares
pejorativamente chamados de “porões da ditadura”. -- Era o medo; era o medo,
sim! -- Era o medo que bastava para se “cagarem” e soltarem as línguas,
dedurando pais, mães, irmãos, amigos, companheiros, namoradas; fornecendo
nomes, apelidos, planos, tudo para livrarem a própria cara, como fez o Genoíno e
tantos outros que andam por aí posando de “democratas”. -- Alguns, de perfil
depressivo, arrependidos dos seus perjuros, praticavam o suicídio. Os manipuladores; os autores intelectuais dos
seus crimes gozavam as delícias de serem valentões sentadinhos nos “cafés de
Paris”, ou bebendo vinhos chilenos, sempre a uma cuidadosa distância das ações
e dos perigos.
Errei em ter nascido militar; deveria
ter nascido um desses terroristas filhos das putas que nunca irão parar de
mentir, denegrir, solapar as bases das nossas humilhadas, desprotegidas, mas
sempre dignas Forças Armadas!