quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O pingo da gota d'água.


Muito cuidado dona Dilma: -- Formiga que quer se perder cria asa. Corte enquanto pode as perigosas asas dessa tal Comissão da Verdade com todas suas mentiras!  Não sei o tamanho da vara da senhora; mas é muito, muito perigoso mexer leão com vara curta. Mostre sua brabeza com os fracos! -- Brabeza com os fortes é muito perigoso.


É muito fácil, muito fácil mesmo, minha querida presidente, colocar a culpa de tudo que acontece de errado neste hoje tão errado Brasil, nos militares. -- Nos “ditadores!”. -- Nos “gorilas de 64”! – Mas veja bem: -- Há mais de vinte anos estamos recolhidos nos quartéis, comendo o pão que o diabo amassou; de pires nas mãos! Fazendo das tripas coração! -- Lembre-se que a senhora é a nossa Comandante-em-Chefe! -- Chega de torturas! Chega de perseguições! – Hoje já perdemos quase tudo! Quase, pois ainda nos resta um pouco de coragem, de honra, de dignidade, de vergonha na cara!


Não somos assassinos não! -- Assassinos são esses que lhe acompanham e que deixaram centenas de famílias sem pais! Jovens sentinelas foram cruelmente assassinados nas guerrilhas urbanas, cujos delitos eram planejados, arquitetados, muito bem bolados por quem, hein dona Dilma? -- As Forças Armadas exigem respeito! -- Somos o braço forte e amigo de todos os brasileiros! -- Estamos cansados, putos da vida mesmo com tantas humilhações, tantas sacanagens! Cansados de sofrer humildemente as censuras dos encastelados no poder, incapazes de compreender, de refletir e avaliar corretamente o que nós fizemos num passado recente por este Brasil tão grande, tão amado e hoje tão traído!


Mergulhados na indiferença, no desânimo, assistimos o circo pegar fogo. Olhando de longe o Brasil mergulhando na guerra civil, na corrupção, nas drogas, no caos. -- Será preciso outra Revolução? -- Não! -- Lógico que não! -- Embora haja muita gente – muita gente mesmo cansada, de saco cheio de conviver com tanta esculhambação, tanta corrupção, tanta safadeza – achando que sim; achando que é preciso outra 64! -- Achando que revolução mesmo é com sangue! Muito sangue! Muitos “paredóns”, como fez Fidel Castro, a menina dos olhos dessas suas embriagadas e alegres esquerdas. E não fazer como fizemos naqueles idos, passando panos quentes nas bundas desses seus amigos terroristas que estão aí, ratos soltos na buraqueira, comendo o queijo e bebendo o leite dos nossos famintos brasileirinhos...


Cuidado, dona Dilma; muito cuidado com o pingo da gota d’água...


Coronel Maciel.