quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Compra e venda.


Quando Juscelino autorizou a compra, por 82 milhões de “cruzeiros”, do já muito velho porta-aviões inglês “Vengeance”, depois “Minas Gerais”, dizem que Juscelino visava tão somente e muito mineiramente, além de submeter a Marinha à Constituição, indispor “marinheiros com aviadores” e assim ficar mais à vontade nas suas guerrinhas políticas pelo poder no Brasil.  Para tanto decidiu que a alma, o coração, os aviões, a principal finalidade de um porta aviões, ficaria com a minha querida Força Aérea Brasileira. O corpo, a pista de pouso e decolagem, ficaria com a Marinha. (Eu cheguei até a fazer o curso completo nos aviões P-16, como “Cardeal 72”; mas depois de me “desentender” com um “muito mais antigo”, fui castigado e fui cumprir minha pena em Barbacena, na EPC do AR; desculpem-me este desnecessário adendo.)  

Continuando: Abria–se naquele então uma “crise” entre a Aeronáutica e a Marinha, que disputavam o direito de controlar os aviões “embarcados”. A “guerra” se arrastaria até 1964, quando Castelo Branco deu ganho de causa à Aeronáutica.

Hoje estamos “ouvindo dizer” que a FAB está disposta a se desfazer de algumas Bases Aéreas, talvez consideradas desnecessárias, ou “obsoletas”, para compensar os gastos com a compra dos bilionários caças suecos. É o que estou “ouvindo dizer”.

Não sei, e quem sou eu para dar largas a minha imaginação; não sei se a nossa querida comandante “chefa” está querendo imitar o Juscelino -- e é bom que ela fique sabendo que quem brinca com fogo pode se queimar –, Juscelino que acabou sendo caçado, e -- dizem os integrantes dessa famigerada Comissão da Verdade – que foi “assassinado” pelos nossos antigos e heroicos generais.

Não sei o que as nossas forças armadas coirmãs, Marinha e Exército, caladíssimas a esse respeito, pensam da “compra” desses incógnitos caças suecos, e da “venda” de nossas Bases Aéreas.  Quem cala, consente... Ou: Cada macaco no seu galho?  
Coronel Maciel.

  

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