Não sei se os meus
“amados ouvintes” gostam de ler Jorge Amado.
Eu gosto. Apesar de ele ser, ou ter sido “comunista” (sou anticomunista
ferrenho, mas no campo intelectual; não gosto de comunista tipo Stalin, Fidel Castro,
Dilma Pasadena e outros da sua estirpe...) gosto de ler suas histórias com
aquele doce sabor das maresias dos mares da Bahia; histórias de lindas mulatas,
mulatas dessas verdadeiras, mulatas até debaixo dos sovacos, dessas da cor de
chá de sabugueiro, de bunda de tanajura; dessas iguais aos saveiros balançando
nas ondas dos mares, como bem dizia Pé-de-Vento para o “Doutor Menandro”, que
voltava de demorada viagem pelas “estranjas” elogiando as francesas, estalando
a língua e dizendo que “mulher igual à francesa não existe”, quando então
Pé-de-Vento, até então respeitosamente calado, não se conteve: -- Doutor,
vosmicê me adisculpe, vosmicê é homem sabido, inventa remédio para curar
doença, ensina na Faculdade e tudo mais. Mas me adisculpe a franqueza: eu nunca
dormi com francesa, mas lhe garanto que elas não ganham para mulata nenhuma! --
Não sei se o doutor já prevaricou com alguma delas; mas no dia que vosmicê pegar uma na cama, nunca mais vai querer
saber de francesa nem para lhe coçar as brotoejas...
Se faço esse arrodeio
todo, é por causa de uma notícia que acabo de ler nos jornais afirmando que
“mais de mil mulheres belas e católicas do mundo inteiro”; freiras, freirinhas,
madres superioras, Tutti Quanti, pedindo ao Papa Francisco que acabe de uma vez
por todas com essa história de celibato na Santa e Amada Igreja Católica, verdadeira
tortura, muito pior que serem crucificadas, mortas e sepultadas, para elas que amam e são amadas por padres,
bispos, cardeais; coisas de amor (a carne é fraca...) que acontecem, aconteceram e acontecerão sempre às escondidas, enquanto
persistir esse grande pecado que é esse tal de celibato.
Uma das mais antigas e
sempre embriagadas personagens do Jorge Amado nos conta que conhece homens que
conseguem passar até uma semana sem derrubar suas mulatas nas areias quentes
das praias; outros, e esses ele só “ouviu falar”, que conseguem passar até um
mês sem cumprir com suas obrigações, mas que esses ele não acredita que possam
existir.
Imaginem esses pobres
coitados que passam a vida inteira envoltos em suas batinas, mas ouvindo
atentos nos cantos escuros dos seus confessionários as mais belas histórias de
amor e tantos outros casos de chifres e traições, sem nunca poderem provar da
fruta...
Coronel Maciel.
s
4 comentários:
Maciel, muito bons teus comentários sobre o celibato sacerdotal. Parabéns!
57-18 Brasil
Caro Coronel como sempre muito agradável o texto. Entretanto no mérito da questão vejo daqui a pouco o aborto, casamento gay e por aí vai.
Se alterar tudo isso a religião não seria outra?
Ora se é tão difícil assim e com as mudanças a religião seria outra, é melhor essas pessoas mudarem de religião e deixar a católica em paz. Não é?
Grande abraço.
Francisco.
Vamos aguardar a resposta do pontífice junto com os argumentos dele.
Grande abraço.
Caríssimo Maciel, esse pessoal poderia mudar de religião ou criar uma nova do jeito que querem. Não querem estudar (teologia) e assim ficam dando cabeçada por aí.
Abraços.
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