terça-feira, 11 de agosto de 2015

TUDO PASSA!

Tão logo as Novas Autoridades da Nova República da FAB tomaram conhecimento do “Tal Artigo” (“Antes que seja Tarde”; para os interessados: consta nos Anais da Câmara), fui chamado para “justiçar minha falta”. A pergunta: -- Coronel Maciel, foi você quem escreveu esse artigo? – Eu: -- Mas Brigadeiro, (era vizinho meu) me desculpe; mas muito me surpreende essa pergunta! -- O senhor devia me perguntar, por que eu escrevi esse artigo!
Com certeza os inteligentes do nosso “Centro de Inteligência” acharam que eu, tal e qual um “Boi de Piranha”, havia somente assinado o artigo, que teria sido “bolado” pelos integrantes do Staff do Ministro Délio Jardim de Matos, que eu só conhecia de “ouvir dizer”.
É bom que se diga que eu nunca pertenci a nenhuma “panelinha” na FAB. Nunca! -- Sempre fui e serei um eterno “individualista”. Quando a nova “Diretoria da FAB” assumiu, no então governo Sarney, deram um humilhante “chega pra lá” no Brigadeiro Castelo Branco, que era o Comandante do Segundo Comar, em Recife. Como eu era o seu Chefe de Gabinete, fui “parar” em Belém do Pará. Ora, isso no meio do ano, com os meninos nos colégios! De Belém, logo em seguida, nova transferência, desta vez para Brasília, quando, já muito “Pda vida”, resolvi escrever o artigo. Depois de cumprir os 15 dias de prisão sem fazer serviço,  fui novamente transferido, desta vez para o Rio. Do Rio, “me transferi” para a Reserva. Cansei!
Hoje -- já bem distante da minha querida Força Aérea, aonde só vou, mui cuidadosamente, para me apresentar no mês em que nasci, isto para informar que ainda estou vivo, se não cortam minha “mesada” -- estou deitado em minha rede, olhando os “Tucanos” -- substitutos dos B-26 dos meus velhos tempos de Aspirante -- zunindo feito uns “Besourões”, treinando os novos Aspirantes. E, ao lado de meu velho violão e do meu também velho calção de banho, fico olhando, lembrando, saudando e cantando aquela do “Lulu Santos”:- - Nada do que foi será/De novo do jeito que já foi um dia/Tudo passa/Tudo sempre passará...
Vou ficando por aqui.
Coronel Maciel.


  


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