De tanto ver e ouvir
dizerem que os militares são os mais cruéis “torturadores”, meu neto também
veio me perguntar:- - Vô, você também é um torturador? Um tanto quanto sem
graça, tento explicar que não; que “lógico que não!”; que não sou, nem nunca
fui, nem nunca serei torturador. Nem eu, nem a imensa maioria dos nossos
militares. E lá vou eu tentando explicar o “inexplicável”, para uma criança facilmente
“doutrinável”; facilmente iludível de todos os jeitos e maneiras. Imensa maioria
de crianças dominadas por uma imprensa totalmente comprada, covarde, servil.
Quanto vale a alma de um jornalista que se vende?
Dentro de uma sala de
aula, um professor é “um rei”; tudo o que o que ele diz, “é verdade”. Quantos
estão sendo pagos para “doutrinar” os seus crédulos e ingênuos alunos? Quantos,
espalhados por esse Brasil inteiro, fazem de suas salas de aula plataformas de
ideais comunistas? Quantos? Há poucos dias li que o nome de uma escola no
Rio Grande do Sul teve o nome de um ex-presidente, “general torturador”, trocado
pelo nome de um conhecido e sanguinário guerrilheiro.
Como é difícil lutar contra forças sem Deus,
sem leis, sem piedade e cheia de pecados! O Poder Legislativo dominado; todos
os outros poderes, nas mãos dos “poderosos”. Todos nas palmas das mãos douradas de crimes! Torna-se
difícil lutar contra tamanhas forças! Como é difícil explicar, para uma
criança, o que é, ou onde está a verdade. Cada qual tem a sua verdade. Somos anjos ou
demônios; depende da viseira de cada um.
Entrei na Escola
Preparatória de Cadetes do Ar em 1957, e durante mais de trinta longos anos
dediquei-me inteiramente aos serviços da pátria; eu e todos os outros que
juntos cruzamos aqueles veneráveis portões, e de todos os outros que também
cruzaram os portões das Escolas Preparatórias da Marinha e do Exército. Das Escolas
de Formação de Sargento, Cabos e Soldados. De todos os Colégios Militares! Começaria
tudo outra vez, se possível fosse, meu amor!
Se aqueles militares
que se lançaram de peito aberto contra “as garras comunista”; garras que queriam
transformar o Brasil numa imensa e torturada Cuba, e que por isso ficaram com dolorosas
marcas gravadas em razão de lutas fratricidas; marcas gravadas para sempre nos
seus peitos e em suas almas; que deram suas vidas em prol da liberdade e que
hoje são taxados de “torturadores”, -- então só me resta perguntar a Deus se
ele pode “nos perdoar”; e talvez ele perdoe o que nós fizemos, ou dizem que
fizemos. Agora, eu só não sei como Deus poderá perdoar a si mesmo pelas
terríveis marcas que está deixando gravadas no peito sagrado e ensanguentado
deste Brasil tão grande, tão amado e tão traído, hoje mergulhado na mais cruel,
dura e dolorosa guerra civil!
Coronel Maciel.
2 comentários:
Desculpem-me o engano... Título correto deste artigo:-- "Não sou, nem somos torturadores."
Abs. Coronel Maciel.
O Brasil que presta sabe disso. E muitos do que não presta também sabem, mas precisam atirar sobre os outros o que está em suas negras almas.
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