ENEM na EPCAR!
Perdi as melhores
oportunidades na FAB por “minha culpa, minha máxima culpa”. Uma delas aconteceu
na “Embarcada”, infeliz ocasião quando me desentendi com um “mais antigo”,
quando o mandei “pra bem longe” e, como castigo, fui parar na EPC, em Barbacena,
quando fiquei conhecendo o Brigadeiro que mais me impressionou durante meus
saudosos anos na FAB; o Brigadeiro Camarão. Às vezes o Camarão me chamava para conversar
após o expediente. Ainda mais depois que
ficou sabendo que eu era paraense; e paraense da gema! O Camarão era um
apaixonado pela Amazônia. Então, eu lhe respondia que eu só me tornei oficial
da FAB porque fui para o Rio terminar a quarta série ginasial, quando também
frequentei um cursinho preparatório, em Cascadura. Estudava direto, sem parar e
sem descanso. Era o ano de 1956. Dizia-lhe eu: -- Brigadeiro, não tivesse sido
assim, eu estaria até hoje empinando papagaio, jogando peteca, pegando pião na
unha, criando galos de briga, jogando peladas nas ruas da minha querida cidade
morena. Naquela época, em Belém, ninguém sabia informar direito como ingressar
na FAB. Foi quando ele ficou pensando, pensando; me olhando com aquele seu
olhar inteligente e perguntou se eu “topava” pegar um T-6 e ir fazer propaganda
da Escola pela Amazônia. -- Aceitei na hora! -- Ainda mais quando ele disse que
eu podia demorar o tempo que eu achasse necessário. Decolei com o meu T-6
abarrotado com tudo o que havia sobre a EPC. Fui à São Luís, Belém, Santarém,
Manaus, até Tabatinga, divulgando o máximo possível a Escola. Os pilotos meus
conhecidos da FAB, que serviam em Belém, acostumados a voar em aviões maiores e
melhor equipados, voando em “Catalinas”, um avião que podia virar “uma canoa”
em caso de emergência, ficavam admirados como eu me atrevia a voar de T-6 pela
Amazônia. Antes dos pousos eu “quebrava
o pau”, avisando da minha chegada! -- Nos ginásios, auditórios, escolas
públicas, escolas particulares, até durante uma santa missa em Santarém,
durante um sermão feito por um padre amigo meu, lá estava eu fazendo propaganda
da Escola. Dizia às “crianças” que me ouviam, perguntando “se era eu quem havia
feito aqueles rasantes”, e como eles poderiam se tornar também um verdadeiro “pilotaço”
rsrsr. Informava tudo direitinho, numa
linguagem o mais acessível possível. Para encurtar a história: --Valeu a pena!
No ano seguinte o Camarão me chamou para comemorar a grande quantidade de
jovens paraenses, maranhenses, amazonenses que ingressaram na EPC. -- Muito
bem, “Fura Bolo” -- Nunca tantos “Amazônidas” como este ano! Muito obrigado!
Grande Brigadeiro
Camarão!
Coronel Maciel.
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