segunda-feira, 12 de novembro de 2018

ESTUDEI POUCO; NÃO APRENDI NADA.


Que eu saiba, a única vez que eu estudei mesmo, foi para fazer o “ENEM”, para ingresso na EPCAR, nos idos de 1956; depois que cruzei seus inesquecíveis portões, em março de 1957, só estudava para não ficar em segunda época, pois era um verdadeiro parto a “piruação” de aviões da FAB para pousar em Belém, em tempo de chegar para as festas de fim de ano, com muito tacacá, farinha e pato no tucupi. E foi assim, estudando pouco e aprendendo nada, que fui promovido de Cadete para Aspirante Aviador, sem dúvida um dos melhores anos da minha vida, quando me considerava o rei da cocada preta, voando na minha querida “lambretinha” pelas ruas de Natal.  Eu gostava mesmo era de voar!  Aí, modéstia à parte, eu era um verdadeiro “bracinho”. E assim fui levando durante os cursos da carreira, sempre na maior moita, até chegar aos píncaros da glória: Coronel-Aviador! Durante esses cursos todos fui tentando descobrir onde e aonde estavam os maiores problemas da minha querida Força Aérea, e muitas vezes descobria que não havia problema nenhum, onde todos achavam que havia os maiores problemas. Até hoje, é assim; todo mundo, do Cabo ao Brigadeiro; do soldado ao General, todo mundo enxugando gelo, e não resolvem nada; em vez de atacarem as causas dos problemas, não; procuram curar seus efeitos. São muitas mais de sessenta mil mortes sangrentas por ano, que cada dia aumenta mais, enquanto ninguém se lembra de atacar as causas dos nossos maiores problemas, que moram bem aqui pertinho: o Paraguai e a Bolívia, os maiores exportadores dos nossos maiores problemas: armas, munições e cocaína. E, como os governantes da lá são da mesma raça do PT daqui; e como por lá não existe nenhum Bolsonaro, tais problemas só poderão ser resolvidos, para não dizer na ignorância, só na base da porrada...
Coronel Maciel.

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