Que eu saiba, a única
vez que eu estudei mesmo, foi para fazer o “ENEM”, para ingresso na EPCAR, nos
idos de 1956; depois que cruzei seus inesquecíveis portões, em março de 1957,
só estudava para não ficar em segunda época, pois era um verdadeiro parto a “piruação”
de aviões da FAB para pousar em Belém, em tempo de chegar para as festas de fim
de ano, com muito tacacá, farinha e pato no tucupi. E foi assim, estudando pouco
e aprendendo nada, que fui promovido de Cadete para Aspirante Aviador, sem
dúvida um dos melhores anos da minha vida, quando me considerava o rei da
cocada preta, voando na minha querida “lambretinha” pelas ruas de Natal. Eu gostava mesmo era de voar! Aí, modéstia à parte, eu era um verdadeiro “bracinho”.
E assim fui levando durante os cursos da carreira, sempre na maior moita, até
chegar aos píncaros da glória: Coronel-Aviador! Durante esses cursos todos fui
tentando descobrir onde e aonde estavam os maiores problemas da minha querida
Força Aérea, e muitas vezes descobria que não havia problema nenhum, onde todos
achavam que havia os maiores problemas. Até hoje, é assim; todo mundo, do Cabo
ao Brigadeiro; do soldado ao General, todo mundo enxugando gelo, e não resolvem
nada; em vez de atacarem as causas dos problemas, não; procuram curar seus
efeitos. São muitas mais de sessenta mil mortes sangrentas por ano, que cada dia
aumenta mais, enquanto ninguém se lembra de atacar as causas dos nossos maiores
problemas, que moram bem aqui pertinho: o Paraguai e a Bolívia, os maiores exportadores
dos nossos maiores problemas: armas, munições e cocaína. E, como os governantes
da lá são da mesma raça do PT daqui; e como por lá não existe nenhum Bolsonaro,
tais problemas só poderão ser resolvidos, para não dizer na ignorância, só na
base da porrada...
Coronel Maciel.
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