Foram seis anos de
muita luta; de muito trote! E naqueles tempos trote não era brincadeira não!
Mas tudo começou mesmo nos dois últimos anos de Cadete. Já cansado de ouvir todos
os dias, sob um sol danado de meio dia nos Afonsos; a “Furiosa” com seus
vibrantes dobrados, ou somente aquele velho--“BUNDA caralinho caralinho BUNDA caralinho caralinho”--
que nos ajudavam a marcar passos, ou fazendo aquela mesma curva em frente à
Galeria do Cadete Imortal, para prestar as devidas continências para os “Deuses”
perfilados na Pérgula da entrada da nossa hoje já legendária e saudosa Escola
de Aeronáutica dos Afonsos! Antes da Parada Diária, a já barriga roncando de
fome, eu costumava me brindar com um generoso copo da minha caninha preferida,
bem escondidinha no fundo meu armário. Eu sempre de amores com a minha
preferida “51”. Conheci grandes ébrios, velhos pilotos embriagados, sonhadores
e felizes na minha querida Força Aérea. Todos nós sabemos seus nomes; muitos
deles hoje voando entre Anjas e Santas dos céus. Dois deles, não sei se vocês
conheceram: o “Corisco” e o “Macaco de Cheiro”, este, um dos melhores pilotos
do mundo! Um dos melhores pianistas do mundo! – Encontrei-o uma vez, agora como
Governador da afrodisíaca ilha de “Fernão de Noronha”, quando aproveitamos para
por em dia nossas doses da branquinha. Eu, o Macaco, algumas lindas turistas, dessas
que adoram serenar cantando as mais lindas melodias, ao som de um plangente violão:
-- “Tô com saudades de tu, meu desejo...
Tô com saudades do beijo e do mel...”
Coronel Maciel.
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