Numa fria manhã de
março de 64, o Comandante do Destacamento Precursor da atual Academia da Força
Aérea; quando eu era um segundo tenente aviador -- lindo; novinho, motor à
pleno, cheio da mais linda mocidade
(hoje eu seu que mocidade tem cura...); que só sabia voar, voar e voar; amar,
amar e amar... kkk -- ordenou àqueles
que fossem “contra”, que saíssem de
forma. Seis ou sete gatos pingados assim o fizeram; outros, os mais sonsos, os
mais perigosos e falsos preferiram se esconder entre os que perfilaram a favor
do Brasil.
O mesmo acontecia nos
quartéis do Brasil inteiro. Entre os comunas mortos e feridos salvaram-se
todos! Alguns foram cassados; outros se dizem “torturados”, injustiçados.
Outros, depois de dedurarem pais, irmãos, irmãs, namoradas, amigos,
“companheiros”; depois de arrependidos -- cometeram o suicídio.
Mas todos se deram bem; e muito bem. Fizeram
um grande “investimento” e hoje “deitados na cama” estão por aí, condecorados,
paparicados, endeusados. Todos ricos. Riquíssimos. Os mais espertos, os mais
velhacos, os mais vadios tornaram-se “presidentes” desta república de bananas.
Os filhotes desses ratões, são os que estão hoje denegrindo, abusando, e que
não se cansam de agredir covardemente as nossas Forças Armadas, o braço forte e
amigo de todos os brasileiros!
Foi preciso que o
nazismo e o comunismo terminassem para que pudéssemos entender e compreender o
que Franz Kafka queria dizer nos seus livros, cheios de castigos enigmáticos e
culpas indecifráveis. “A Metamorfose”, que descreve o absurdo que é acordar e
saber-se transformado num inseto. “O Processo”, que descreve a injustiça
sofrida durante a vida inteira por “Joseph K”. Assim também serão necessários algumas dezenas de longos anos para que os
nossos filhos e netos possam entender o que era o Brasil antes e depois de 64.
Nesses dias que
antecedem mais uma dessas repetitivas eleições; quando sempre as mesmas caras, os
mesmos nomes; com suas sempre mesmas promessas demagógicas e enganadoras; e “sem
estrelas para nos guiar”, é bom que os nossos filhos e netos, os nossos mais
incorruptíveis, inflexíveis e inexoráveis julgadores saibam que continuaremos sempre atentos; sempre prontos
para o serviço e sem medo de risíveis ameaças. Para que no futuro eles não
venham nos dizer:- - Que país é este que
vocês nos deixaram?
Coronel Maciel.
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