Domingo, filosofando na
Rua das Meninas Desonestas.
Adão, não resistindo
aos encantos da Eva, comeu a “maçã” -- era assim que antigamente se chamava a
frutinha mais azedinha e ao mesmo tempo mais venenosa e doce e perigosa de se
comer. Foi quando Deus, não gostando da brincadeira, expulsou a gente das
doçuras do paraíso, fato que eu até hoje nunca concordei. Porquê tudo isso, Meu
Deus? Sabemos que muitas mulheres, fatais como Eva, ficaram ricas e famosas, principalmente
lá nos “States”, usando homens ricos e famosos como degraus para subir na vida,
hoje acusam esses mesmos homens de terem sido assediadas, algumas até comidas,
quando ainda mocinhas, menininhas, “virginais” ainda, em todos os lugares. Assediou -- era o me dizia o velho Raimundo, amigo
meu, filósofo e psicólogo aposentado, lá do “Veropeso”, em Belém do Pará -- tem
que transar; se não, meu filho, vem outro mais esperto, come, e põe logo a
culpa em você, lá na Delegacia das Mulheres. Um dos personagens mais famosos
dos livros do Jorge Amado, dizia que conhecia um cara que conseguia passar até uma
semana sem derrubar uma das suas negas, nas areias quentes das praias da Bahia;
e que “ouviu falar” de um que passava mais de trinta dias. Tem muita gente por
aí que não acredita que haja padres, papas, bispos, cardeais que passam suas
vidas inteiras em “brancas nuvens”; mas acham que por isso mesmo essas
criaturas de Deus tem seu lugar garantido nos reinos dos céus; aliás, uma coisa
que eu gostaria muito de saber: Jesus, comeu ou não comeu a hoje Santa
Madalena?
Coronel Maciel.
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